Todos os dias, há décadas, naquele lugar
A simplicidade invade a alma dos que ali moram e de quem chegar
Dessa gente que tem seu jeito, doa de um tudo, nem precisa precisar...
Onde há abundância, derramam bondade e trabalho, vontade de ajudar
A cavalo, de bicicleta, de carroça, na charrete, de moto ou de trator
A ajuda vem a jato, solidariedade impregnada, não carece pedir favor
Ligeireza nas palavras, atitudes adotadas, tudo com muito amor
Missões concretizadas, famílias formadas, linda gente do Pulador
Sotaque preservado, povo arretado, ensinam o que é a vida com doçura
Construiram a Colônia, são referência de grandeza e nos recebem com ternura
Nordestinos nossos, meu, seu, dos anastacianos e aquidauanenses, somos uma só mistura
Gratidão lhes devemos, aprendemos com os nossos nordestinos, gente que é pura formosura
Legados atemporais nos dão o povo do Pulador, gente que é cabra da peste, vieram do agreste
Para tentar a vida, acertaram na medida, conquistaram o Centro Oeste
Hoje são mais do que orgulho, exemplo de quem investe
Inteligência os define, fundiram o Pulador com o Nordeste
De manhã ou à tardinha, na casa do Pulador não tem tranca nem campainha
Basta chegar de mansinho, tem aconchego na cozinha
Tem bolo de massa puba, tem curau, mané pelado e melado com farinha
Hoje tem a Festa merecida, dessa gente que se aninha, viva a Festa da Farinha!