Campo Grande registra em setembro maior alta de preços da cesta básica

Campo Grande registrou no mês de setembro a maior alta de preços da cesta básica entre as 18 capitais em que o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apura a variação.

Com o valor atingindo R$ 383,77, o índice registrado na capital sul-mato-grossense foi de 5,24%, quatro vezes maior do que o da cidade que registrou o segundo maior aumento, Salvador (BA), com 1,26%.

De acordo com o Dieese, dos 13 produtos que compõem a cesta básica, 11 registram aumento de preço em Campo Grande no mês passado. A maior alta foi do tomate, 19,71%, maior percentual para o fruto entre todas as capitais pesquisadas.

Segundo a entidade, a elevação do preço ocorreu em razão de uma menor oferta do produto, que teve ainda a qualidade afetada ainda pelo grande volume de chuvas nas principais regiões produtoras.

Além do tomate, também aumentaram de preços em Campo Grande no mês passado: banana, com 12,76%; carne bovina, com 6,25%; manteiga, com 5,09%; feijão carioquinha, com 2,62%, farinha de trigo, com 2,13%, pão francês, com 2,12%, batata, com 0,65%, arroz, com 0,37% e óleo de soja, com 0,26%.

Em contrapartida, mantiveram a trajetória de retração de preços o leite de caixinha, com 1,18% e o açúcar, com 3,21%.

Em 2018, o preço da cesta básica acumula uma alta de 4,78% na capital sul-mato-grossense. Para adquiri-la em setembro, o trabalhador que recebe um salário mínimo demandou 88 horas e 30 minutos de sua jornada mensal e comprometeu 43,73% de seu rendimento líquido (com o desconto da Previdência Social).

Já para comprar a cesta básica familiar, com uma quantidade de produtos suficiente para atender uma família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, o trabalhador em setembro desembolsou R$ 1.151,31, o equivalente a 1,21 vezes o salário mínimo bruto.