A aprovação do texto base da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara foi o suficiente para fazer a Bolsa renovar o seu recorde histórico e o dólar fechar abaixo dos R$ 3,80.
A moeda americana recuou 0,67% ante o real, encerrando o pregao a R$ 3,7993, menor valor em mais de três meses. Já o Ibovespa, principal índice do mercado de ações, subiu 1,56%, aos 103.636 pontos, maior patamar já registrado no fechamento.
- O mercado já antecipava essa aprovação desde ontem. Com essa votação, temos a continuidade do clima positivo. Vamos ver se agora começamos a ver outros avanços e se a economia vai destravar - avaliou Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor.
No início desta tarde, os parlamentares da comissão aprovaram, por 36 votos a 13, o texto base d o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). A comissão agora vota os destaques do texto. Outra questão que deixou os investidores animados foi a declaração do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a votação no plenário, que poderia ser feita antes do início do recesso parlamentar, em 18 de jullho.
A falta de liquidez, dado o feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, também ajudou a cena doméstica.
— Com certeza as expectativas relacionadas à Previdência contribuem para para os ganhos. Mas vale ressaltar que o mercado americano não está operando nesta quinta, e é o exterior quem presisona mais o mercado — diz Álvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais.
Todos os papéis mais negociados do Ibovespa ficaram em terreno positivo. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras subiram 0,96% e as ordinárias (ONs, com direito a voto) avançaram 1,31%. Já a Vale subiu 0,74%.
Os bancos, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, também registraram ganhos. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco avançaram, respectivamente, 1,15% e 2,17%. No caso do Banco do Brasil, as ações ordinárias subiram 1,62%.