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Decreto obriga posto a informar em painel preço do combustível

Decisão ocorre após troca de comando da Petrobras depois de críticas do presidente sobre a política de preços dos combustíveis

23/02/2021 - 06h28

G1

O presidente Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) obriga postos de combustíveis em todo o país a informar a composição do valor cobrado na bomba em painel em local visível. A norma foi publicada nesta terça-feira (23) do DOU (Diário Oficial da União) e entrará em vigor em 30 dias.


O painel terá os componentes do preço do combustível, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), cobrado pelos estados. Além disso, em caso de tarifa promocional, os estabelecimentos devem informar aos consumidores os preços reais praticados.


A Secretaria-Geral da Presidência da República informou que "a medida prevê mais clareza dos elementos que resultam no preço final e dará noção sobre o real motivo na variação de preços" e "fortalece um dos pilares da defesa do consumidor, que é o direito à informação".


De acordo com a secretaria-geral, a edição do decreto pretende dar clareza ao consumidor sobre o motivo da variação do preço final dos combustíveis.


"Como a oscilação nos preços dos combustíveis está atrelada aos preços das commodities no mercado internacional, e suas cotações variam diariamente, o consumidor muitas vezes não compreende o motivo da variação no preço final".


Interferência na Petrobras


O decreto foi publicado na esteira da decisão do presidente de trocar o comando da Petrobras após criticar o preço dos combustíveis. Bolsonaro indicou um militar, o general Joaquim Silva e Luna, para ocupar o posto de Roberto Castello Branco. O nome precisa ser aprovado pelo conselho de administração da estatal, que tem uma reunião marcada para esta terça (23).


Bolsonaro nega interferência na Petrobras, mas a ação provocou instabilidade no mercado e o derretimento das ações da empresa que, desde sexta-feira (19), perdeu R$ 100 bilhões em valor de mercado, quase R$ 75 bilhões na segunda (22).

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