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Dólar fecha a terça-feira em alta e sobe 5% em maio, mas ainda recua no ano

Moeda subiu 0,96% frente ao real, cotada a R$ 3,6123

31/05/2016 - 16h29

G1

Em São Paulo 

Moeda americana fecha em alta (Foto: Ilustração)

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (31), acima de R$ 3,60, terminando o mês de maio com alta de 5%, em mais um dia de noticiário intenso no cenário político, com destaque para o indiciamento do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.


A preocupação do mercado, segundo a Reuters, é que o clima de instabilidade política dificulte a aprovação no Congresso de medidas econômicas propostas pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer.


A moeda norte-americana subiu 0,96%, a R$ 3,6123 na venda. 


No mês de maio, a moeda dos EUA acumulou valorização de 5%. Em 2016, contudo, o dólar ainda recua 8,5%


Expectativas sobre o afastamento de Dilma Rousseff da presidência haviam feito a moeda recuar. Mas logo após o processo de impeachment ser aprovado no Senado, no dia 12 de maio, o dólar passou a subir.


Com a notícia de que o presidente do Bradesco foi indiciado pela Polícia Federal na operação Zelotes, o dólar chegou a subir com força e encostou em R$ 3,64 antes de perder força nesta tarde, segundo a Reuters.


A notícia aumentou ainda mais a apreensão nos mercados, que já vinham pressionados desde cedo com a baixa de mais um ministro do governo alimentar temores de que não haja clima político para aprovar medidas econômicas no Congresso, diz a agência.


"Acho que ninguém esperava isso. Todo mundo estava alerta em cima dos políticos e aparece algo como isso em um dos bancos mais sólidos do país", disse à Reuters o operador da corretora Ativa Arlindo Sá.


Cenário político


A saída de Fabiano Silveira do cargo de ministro da Transparência não foi boa notícia para a credibilidade do governo, disse à Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold. "É o segundo ministro que cai em um período curtíssimo de tempo".


Silveira deixou o cargo após a divulgação de conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual ele criticou a condução da Operação Lava Jato.


Na semana passada, Romero Jucá (PMDB) também deixou o ministério do Planejamento, após a divulgação de conversa em que ele sugere um "pacto" para barrar a Lava Jato ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.


Fatores técnicos


Também influenciou o movimento nesta terça a formação da Ptax, taxa média calculada ao final do mês pelo Banco Central e que serve de referência para vários contratos cambiais. Operadores costumam disputar para deslocar a patamares mais favoráveis a suas posições.


Três operadores de grandes bancos nacionais e internacionais consultados pela Reuters afirmaram que, nesta manhã, a pressão de baixa sobre a moeda norte-americana era mais forte do que a de alta na disputa pela formação da taxa.


BC volta a atuar no câmbio


O dia foi marcado ainda pela volta do BC ao mercado. Segundo a Reuters, o BC ofertou nesta terça até US$ 4,7 bilhões com compromisso de recompra, em operação que tem como objetivo a rolagem de contratos já existentes.


O BC não atuou no mercado nas sete sessões anteriores. Antes disso, vinha agindo principalmente por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares, especialmente quando a moeda norte-americana recuava abaixo de R$ 3,50.


Dia anterior


O dólar fechou em queda na segunda-feira (30), voltando a ser cotado abaixo de R$ 3,60, após ter acumulado alta de mais de 2% na última semana. A moeda encerou o dia em queda de 0,92%, a R$ 3,5779 na venda, após ter encerrado a última semana a R$ 3,611.

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