Os economistas de instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para os anos de 2018 e de 2019.
As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, o mercado financeiro elevou a estimativa de 4,28% para 4,30% para este ano. Foi a terceira alta seguida do indicador.
Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Naciona). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação de 4,18% para 4,20%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Para o PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro ficou estável em 1,35% na semana passada.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos.
No fim do mês passado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores.
O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.