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PIB pode crescer acima de 3% em 2018, prevê ministro Henrique Meirelles

Ministro da Fazenda disse ainda que, sem ajuste fiscal, rombo nas contas do governo seria de R$ 280 bilhões em 2017

21/03/2017 - 14h29

G1

Brasília 

PIB pode ultrapassar 3% em 2018 (Foto: Ilustração)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou nesta terça-feira (21) que a economia brasileira começa a se recuperar e pode crescer acima de 3% em 2018.


De acordo com o ministro, isso pode acontecer se a economia mantiver, em 2018, o ritmo de crescimento do último trimestre de 2017 que, prevê o governo, deve resultar em alta de 2,7% em relação a igual período de 2016.


"Vivemos a maior recessão da história do pais. A boa notícia é que economia começa a se recuperar. Prevemos crescimento no primeiro trimestre, levemente positivo. Se compararmos, no último trimestre já estamos contemplando 2,7% [contra os seis últimos meses de 2016]. A taxa anualizada, se repetir a taxa prevista para o quarto trimestre, significa acima de 3% em 2018 (...) No ano que vem, vamos crescer talvez mais de 3%", declarou.


A previsão do ministro da Fazenda está um pouco acima das estimativas do mercado financeiro. Segundo pesquisa conduzida na semana passada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, o PIB deverá crescer 2,5% no ano que vem, contra uma taxa de expansão de cerca de 0,5% neste ano.


No começo deste mês, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido em 2016 e confirmou a pior recessão da história do país. 


A retração foi de 3,6% em relação ao ano anterior. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%. Essa sequência, de dois anos seguidos de baixa, só foi verificada no Brasil nos anos de 1930 e 1931.


Ajuste nas contas públicas


De acordo com Meirelles, o foco da equipe econômica, neste momento, é o ajuste das contas públicas, que vem registraram rombos bilionários nos últimos anos.


Para 2017, a meta fiscal é de um déficit primário (despesa maior que a receita, sem contar juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões.


Ele disse que o governo vem adotando medidas para controlar os gastos, como o teto para gastos, e disse que, sem essas ações, o rombo fiscal seria de R$ 280 bilhoes neste ano.


"Mantendo a tendência de despesas públicas até este ano, dos últimos anos, teríamos em 2017 um déficit que passaria de R$ 139 bilhões. Seria de R$ 280 bilhões", afirmou o ministro da Fazenda.


Ele disse ainda que, sem o teto de gastos e a reforma da Previdência Social – que ainda está sendo debatida no Congresso Nacional – as despesas seriam dez pontos percentuais do PIB superiores em 2026.


Segundo ele, se a trajetória de alta de gastos continuasse nos próximos anos, sem teto de gastos e sem reforma da Previdência, levaria as despesas totais a 25,4% do PIB em dez anos.


"Para manter o déficit onde está hoje, aumentar a tributação do país em 10% do PIB. Podem imaginar quais seriam as consequências. Com aprovação da PEC do teto e da Previdência, a previsão é ir para 15,5% [do PIB]. Temos dez pontos de diferença. Essa é a dimensão do ajuste fiscal que estamos fazendo no Brasil", afirmou.


O ministro Henrique Meirelles também avaliou que outras reformas são importantes para estimular o nível de atividade na economia e a geração de empregos, entre as quais as reformas trabalhista e tributária, além de uma racionalização na maneira de pagar impostos.


Ele também mencionou mudanças nas regras de concessões, com estabilidade de regras para os investidores, e a reforma do setor de petróleo e gás.

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