Em fevereiro, o nível de atividade da economia brasileira registrou a maior retração desde maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros, indicam números divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central.
O chamado IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC) – considerado uma "prévia" do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) – registrou em fevereiro um recuo de 0,73%, na comparação com janeiro deste ano.
O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Nesta comparação, fevereiro registrou o maior recuo mensal dos últimos nove meses. Maio de 2018 foi marcado pelos efeitos da greve dos caminhoneiros, que resultou em um tombo da prévia do PIB de 3,11%.
No entanto, quando o Banco Central comparou fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2018 identificou uma alta de 2,49% no indicador (indicador sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais).
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, ainda de acordo com números do Banco Central, ocorreu uma expansão de 1,66% e, em 12 meses até fevereiro, houve uma alta de 1,21% na "prévia" do PIB.
Em 2018, o PIB teve uma expansão de 1,1%. O desempenho da economia brasileira no ano foi decepcionante diante das expectativas iniciais, repetindo o avanço registrado em 2017.
Para este ano, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de 1,95%, segundo pesquisa feita pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada.