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Tereza Cristina mostra experiência do Brasil com agricultura de baixo carbono

Na segunda-feira (18) em Washington, nos EUA (Estados Unidos), a ministra apresentou sua agenda estratégica para os próximos anos.

19/11/2019 - 07h49

De Brasília 

A ministra Tereza Cristina (Foto: Agência Brasil)

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, apresentou, na segunda-feira (18) em Washington, nos EUA (Estados Unidos), sua agenda estratégica para os próximos anos, baseada em três desafios: governança fundiária, inovação tecnológica e qualidade sanitária. Para ela, essas são questões fundamentais para a produção sustentável. 


Ela lembrou que o Brasil conta com legislação ambiental exigente.


Durante evento do Banco Mundial, Tereza Cristina apresentou a experiência brasileira com a agricultura de baixo carbono, do projeto ABC Cerrado. Segundo ela, a ideia é levar a mesma proposta a outras regiões do Brasil. 


O projeto, desenvolvido em conjunto com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), recebeu recursos do FIP (Fundo de Investimento Florestal) e atendeu a 7,8 mil produtores rurais em oito estados.


De acordo com o Senar, o projeto contribuiu para o aumento da produtividade nas propriedades atendidas, como a pecuária de corte, que subiu de 0,7 unidade/animal por hectare para 2,5. O ganho de peso dos animais com a renovação da pastagem também aumentou, passando de 400 para 900 gramas/dia. Além disso, o produtor investiu nas tecnologias de baixa emissão de carbono. 


A cada R$ 1 gasto pelo ABC Cerrado, o produtor investiu R$ 7 em recuperação e R$ 5 em manutenção e manejo da pastagem.

Para Daniel Carrara, diretor-geral do Senar, apresentar o projeto ABC Cerrado depois de cinco anos de capacitação é uma oportunidade de levar mais recursos para ampliar iniciativas semelhantes. 


Outros projetos


Durante o discurso no Banco Mundial, Tereza Cristina afirmou que vai buscar apoio do Banco Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para o desenvolvimento do programa AgroNordeste, um plano de ação para impulsionar o desenvolvimento econômico. 


O programa e será implantado até o ano que vem em 230 municípios dos nove estados do Nordeste e parte de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com população rural de 1,7 milhão de pessoas. “Vamos tratar de temas que envolvem questões sociais, produtivas e ambientais junto a esse projeto Agronordeste”.


A ministra informou que nos encontros com o Banco Mundial e o BID vai tratar de um projeto semelhante ao AgroNordeste para a Região Norte e que o foco será a regularização fundiária. “A base para levar prosperidade, os projetos que possam colocar as pessoas na vida produtiva com dignidade têm que começar com o primeiro pilar, que é a regularização fundiária”, afirmou.


Carne brasileira


Nos próximos anos, Tereza Cristina ressaltou que um dos grandes desafios é colocar o pequeno agricultor na zona produtiva. “Hoje existe uma diferença muito grande entre a agricultura comercial e a pequena agricultura, então essa é uma grande preocupação nossa à frente do ministério”.


A agenda da ministra inclui encontro com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue. Entre os temas a serem tratados está a suspensão das importações de carne bovina brasileira in natura pelo país.


Segundo o ministério, a ideia é esclarecer os questionamentos dos americanos sem a necessidade de nova missão técnica ao Brasil. Outro assunto debatido na viagem é a abertura do mercado para o trigo e a cooperação entre os países do AG-5 (Estados Unidos, Brasil, Canadá, Argentina e México).

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