Tendo a Copa Libertadores como principal meta para a temporada, o Flamengo tenta evitar o vexame de uma precoce eliminação nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), quando recebe o Emelec no Maracanã, no Rio de Janeiro, pelo confronto de volta das oitavas de final do torneio. No duelo de ida, no Equador, os anfitriões ganharam por 2 a 0, abrindo considerável vantagem.
Com o resultado da partida de ida, o Emelec pode perder por um gol de diferença que mesmo assim se classifica. Até mesmo uma derrota por dois gols de diferença, mas a partir de 3 a 1, serve aos equatorianos, pois os tentos anotados como visitante valem para critério de desempate.
Aos flamenguistas resta ganhar por três ou mais gols de vantagem para avançar ou devolver o 2 a 0 e forçar a disputa de pênaltis.
Além de ter que tirar uma boa diferença, o Flamengo vai enfrentar uma série de desfalques, que deixam o técnico português Jorge Jesus bastante preocupado.
“Vamos para mais um desafio e o desgaste logicamente incomoda. Estamos jogando de três em três dias, não tem carga para recuperação. É o sexto jogo. Há jogadores que estão no limite, tem os que jogaram 540 minutos. Todo jogo troco três, quatro jogadores. Não dá para mudar 11, nem tenho essa ideia”, desabafou o treinador.
A lista de problemas flamenguista é grande. O zagueiro Rodrigo Caio, com lesão nos músculos adutor e posterior da coxa esquerda, e o atacante Lincoln, com lesão no músculo posterior da coxa direita, se juntam à lista de desfalques que tem o meia Diego, com uma fratura no tornozelo esquerdo, e o atacante Vitinho, com lesão no joelho direito, que se submeteram a cirurgias.
Outro que fica de fora é o zagueiro Léo Duarte, negociado com o Milan. Os meias Everton Ribeiro, se recuperando de uma lesão óssea no pé esquerdo, e De Arrascaeta, que sofreu lesão na coxa direita, lutam para entrar em campo no sacrifício. Everton tem mais chances de atuar, mas se ambos forem vetados, Orlando Berrío, Lucas Silva e até o peruano Miguel Trauco podem iniciar o confronto.
Na zaga, Jorge Jesus deve repetir a dupla formada por Thuler e o espanhol Pablo Marí, que atuaram juntos contra o Botafogo após a saída de Rodrigo Caio e mostraram segurança.
Apesar dos vários problemas, os jogadores confiam na força da torcida. “Precisamos jogar com o empenho e espírito de luta que demonstramos em várias oportunidades nesta temporada. Dessa maneira com certeza a torcida vai chegar junto com o nosso time”, disse o atacante Gabigol.