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Gabriel Jesus tem chance de renascer no ataque da Seleção contra a Arábia Saudita

Diante de muçulmanos encantados pelo futebol brasileiro, centroavante inicia missão de apagar Copa do Mundo e voltar a brilhar 

12/10/2018 - 10h07

Globo Esporte

Gabriel Jesus retorna a Seleção (Foto: Globo Esporte)

A Arábia Saudita não é exatamente o ambiente mais acolhedor para Jesus. Embora boa parte de suas imagens tenha sido preservada na cruzada de um país muçulmano contra o cristianismo, há punições severas para quem não segue a religião local. Na Arábia, é o deus Alá quem norteia a fé e os sacrifícios de um povo devoto.


Mas Gabriel não precisa entrar nessa. Numa região marcada por conflitos, ele é “só” o camisa 9 da seleção brasileira com a missão de retornar aos melhores dias. É Jesus querendo ser o dono da bola em território de Alá. É o centroavante titular da seleção brasileira no amistoso desta sexta-feira, às 15h (de Brasília), contra a Arábia Saudita.


Gabriel Jesus foi titular de agosto de 2016 a julho de 2018. Dois anos. Fez 10 gols e protagonizou a arrancada da equipe nas eliminatórias, mas não resistiu a uma Copa do Mundo em branco e à temporada arrebatadora do concorrente Roberto Firmino, o novo titular.


Nesta sexta, Tite levará a campo uma Seleção modificada, com chances para que todas as classes possam mostrar serviço: novatos, como Pablo; reservas que lutam pela promoção, casos de Alex Sandro e Fred; e ex-titulares no caminho da redenção, como Jesus.


“Gabriel Jesus tem a característica dos diferentes. Há um livro do Michael Jordan chamado ‘Nunca Deixe de Tentar’. Ele nunca deixa de tentar. Ninguém permanece em alto nível o tempo todo, mas ele tem isso em sua participação, no nível de concentração. É questão de tempo para ele retomar seu melhor desempenho”, disse o técnico sobre o jovem de 21 anos.


A comissão técnica e os jogadores adoram Gabriel Jesus. É como se ele tivesse sido adotado desde a Olimpíada, quando Renato Augusto era uma espécie de tutor. Tite, recentemente, ressaltou “o coração desse tamanho, ó” do atacante do Manchester City.


Talvez, por isso, ao longo da semana, tenha havido um esforço coletivo para que ele recuperasse a confiança abalada pela Copa ruim e voltasse a sorrir. Na segunda-feira, ainda em Londres, Jesus custou a acertar finalizações. Errou, errou, errou... mas começou a acertar e até Danilo, lateral-direito que atua com ele no City, aplaudiu e gritou seu nome para incentivar.


Embora seja mais um jogo para oportunidades – Tite não gosta de testes ou experimentos –, Gabriel Jesus terá um trunfo. Seus companheiros são bem conhecidos. Foi justamente ao lado de Renato Augusto, Coutinho e Neymar que ele brilhou num passado recente. Eles estarão novamente em campo.

E caso isso se repita, os sauditas, fãs do futebol brasileiro, poderão, enfim, aplaudir Jesus.

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