A Polícia Federal prendeu 20 pessoas em um desdobramento da Operação Lava Jato na manhã desta quinta-feira (8). Dos 22 mandados de prisão, 10 são contra deputados estaduais do Rio de Janeiro. As investigações apontam que os envolvidos recebiam propinas mensais que variavam de R$ 20 mil a R$ 100 mil - além de cargos.
O deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC), presidente da escola de samba, foi preso por volta das 7h25 desta quinta-feira; André Corrêa (DEM), seu colega de Alerj e ex-secretário de Meio Ambiente, às 8h10.
Três dos parlamentares foram presos no ano passado: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB.
Em um dos endereços, agentes apreenderam joias e dinheiro em espécie.
Alguns dos alvos são:
Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo;
André Correa (DEM), deputado estadual reeleito e ex-secretário estadual de Meio Ambiente, preso na Barra;
Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual reeleito e presidente da escola de samba, preso na Barra;
Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito;
Edson Albertassi (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;
Jorge Picciani (MDB), deputado afastado - já em prisão domiciliar;
Leonardo Jacob, presidente do Detran;
Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito;
Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito;
Marcos Abrahão (Avante), deputado estadual reeleito;
Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito;
Paulo Melo (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal.
A investida, desta vez, mira esquema de compra de apoio político de parlamentares. O alvo é o grupo político da base do MDB do ex-governador Sérgio Cabral, que comanda o estado há mais de 10 anos. O nome da operação é referência a uma sala localizada ao lado do plenário da Alerj onde deputados se reúnem para rápidas discussões antes das votações.