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Montenegro, do Botafogo, critica movimentos de Flamengo e Vasco

"Eles podem se tornar homicidas", diz o cartola 

20/05/2020 - 09h27

Globo Esporte 

Montenegro em entrevista durante a pré-temporada do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Para Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente e membro do comitê gestor do futebol do Botafogo, os rivais Flamengo e Vasco põem em risco as vidas de jogadores e funcionários ao agirem pela volta mais rápida do futebol. Em contato com o GloboEsporte.com, o dirigente usou a palavra "homicida" para adjetivar a atitude dos co-irmãos cariocas nos bastidores da bola.


- Não tem justificativa para a volta do futebol. Estamos com um problema sério principalmente no Rio de Janeiro. No Brasil, estamos chegando perto de 1 mil pessoas (mortas) por dia. Todos os hospitais com problema. Não sei se as pessoas estão sendo irresponsáveis, homicidas ou se não estão regulando bem. O futebol não é atividade essencial - disse.


- Os clubes têm que ser grandes dentro e fora de campo. É uma atitude de time pequenininho. Eles podem se tornar homicidas forçando uma barra dessas. Quem vai se responsabilizar se um atleta ou um funcionário passar para um membro da família, alguém em casa? Que protocolo é esse? As pessoas vêm treinar e, quando voltam, podem estar contaminadas - completou Montenegro.


Na manhã desta terça-feira, os presidentes de Flamengo (Rodolfo Landim) e Vasco (Alexandre Campello) estiveram em Brasília para reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O encontro serviu para tratar da possível volta ao trabalho dos dois clubes no Distrito Federal. Mesmo durante a pandemia, o Mané Garrincha seria usado para treinos, oferta que foi feita pelos administradores do estádio há três semanas.


- Já conversei com o Nelson (Mufarrej, presidente) e com todos. A posição do Botafogo é de não jogar. Acho que a posição de Flamengo e Vasco é fazer um Carioca só com eles dois, uma Copa do Brasil só com eles dois e um Campeonato Brasileiro só com eles dois - continuou Montenegro.


A posição divergente no futebol carioca não é novidade. No início deste mês, a Ferj liberou os clubes a decidirem sobre a volta aos treinos, a depender da posição das autoridades governamentais. A iniciativa dividiu os quatro grandes do estado. A carta endereçada à opinião pública trouxe as assinaturas de Flamengo e Vasco, mas Botafogo e Fluminense se recusaram a participar.

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