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MP do Paraguai não vai indiciar Ronaldinho Gaúcho após admitir erro

O irmão do ex-jogador, Assis Moreira, também não será indiciado.

06/03/2020 - 08h21

G1

Ronaldinho e o irmão Assis deixam o MP do Paraguai após prestarem depoimento (Foto: Jorge Adorno/Reuters)

O Ministério Público do Paraguai não vai indiciar Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis Moreira, por terem entrado no país com passaportes adulterados. De acordo com os promotores, os dois admitiram o erro — e, assim, a promotoria entendeu que eles "foram enganados em sua boa fé". A informação foi confirmada na quinta-feira (5) pelo Globoesporte.com.


Ronaldinho e Assis já poderiam, assim, retornar ao Brasil. Porém, segundo advogados do ex-jogador, ele decidiu ficar no Paraguai até esta sexta-feira.


Ronaldinho e Assis prestaram depoimento nesta noite. Na noite de quarta-feira, eles foram alvo de uma operação dentro do hotel onde estavam hospedados em Assunção. Os policiais apreenderam os documentos e iniciaram o inquérito.


O caso, no entanto, irá ao Juizado Penal de Garantias do país e, portanto, a decisão final será de um juiz. Ao jornal “ABC Color”, o promotor Federico Delfino comentou a posição do MP.


Após o depoimento, a promotoria decidiu usar o “critério de oportunidade”, recurso no Código Penal paraguaio que deixa livre de processo Ronaldinho e seu irmão. Ele é usado quando os suspeitos admitem o delito e não têm antecedentes criminais no Paraguai.


“O senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, aportou vários dados relevantes para a investigação e atendendo a isso, foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias”, afirmou o promotor.


Promotoria acusa empresário e mais 2


A promotoria, no entanto, acusou três pessoas: o empresário Wilmondes Sousa Lira, apontado pela defesa de Ronaldinho como responsável pelos documentos falsos, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero — as duas seriam as verdadeiras donas dos passaportes e carteiras de identidade adulterados, segundo o MP.


O MP pediu a prisão preventiva de Wilmondes. Ele foi acusado especificamente por produção de documentos não autênticos, uso de documentos públicos de conteúdo falso e falsidade ideológica.


Os passaportes e cédulas de identidade paraguaios do ex-jogador e de Assis foram expedidos ao nome de María e Esperanza e depois adulterados para possuírem os dados de Ronaldinho e o irmão. Ambas foram detidas e compareceram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado na noite desta quinta, mas permaneceram em silêncio no depoimento, assim como Wilmondes.

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