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Para cantor Martinho da Vila, governo Lula foi o melhor desde Vargas

Cantor é o entrevistado da seção ‘Sentido da Vida’, da revista ‘Sexy’ e falou sobre ditadura, sexo e samba

12/02/2016 - 11h32

Terra

“O governo Lula foi o melhor que esse país já teve desde Getúlio Vargas", afirmou (Foto: Divulgação)

O cantor e compositor Martilho da Vila, de 78 anos, é o entrevistado da seção Sentido da Vida, da revista Sexy deste mês. Na conversa, ele falou sobre política, bebidas, drogas, sexo e samba.


Ao ser questionado sobre o atual governo, o cantor fez elogios à administração petista e opinou sobre a crise vivida pelo País. “O governo Lula foi o melhor que esse país já teve desde Getúlio Vargas. Só que tudo que fica muito tempo se deteriora. Todo governante que fica muito tempo no poder, pode ver ao longo da história, fica mal na foto. O propósito da ditadura, por exemplo, era só chegar ao poder, dar uma sacudida no Brasil, ajustar o crescimento e bola pra frente com as eleições. Mas aí ficaram toda a vida”, disse.


Ele considera que a corrupção é um mal que existe em todo o mundo, mas vê com bons olhos as prisões de pessoas envolvidas em escândalos. “Veja só, não lembro de casos corriqueiros na história de gente com poder indo presa. Juiz só vai preso no Brasil hoje em dia! Até recentemente isso não existia. Estava falando com um taxista dia desses esse assunto. Os noticiários mudaram a forma de contar o Brasil. Antes só falavam dos pobres que iam presos. Agora todo dia tem um poderoso endinheirado sendo preso pela Polícia Federal. Isso é um fato positivo. Pessoas que antes se achavam acima da lei agora têm seus papéis reescritos. E, se as prisões continuarem, acho que vai faltar cadeia para tanta gente (risos). Aí o Brasil para”.


Já sobre a música, Martinho considera que hoje existe uma nova forma de fazer samba, mas faz algumas críticas. “Olha, os criadores estão aí. Pode não ter espaço nos programas musicais e na mídia de forma geral para eles como antes, mas há uma geração forte surgindo. O que vejo de diferente é uma nova forma de se fazer samba, com uma linguagem mais direta, que tem mais a ver com essa linguagem da internet, de jovens. Os compositores não estão se preocupando em burilar a letra. Daí a poesia, a palavra, a riqueza melódica estarem inferiores. Isso porque tudo é imediato demais. O samba tem perdido qualidade”, afirmou.


Durante a entrevista, o carioca falou abertamente sobre vícios. “Eu bebo, fumo... Faço tudo. Não cheiro, não fumo maconha. Nunca fumei maconha, porque não gosto do cheiro. E sempre tive na minha cabeça que isso não ia ser legal. Houve um período em que eu exagerava mais um pouco na bebida. Mas é como te falei: tudo o que se faz em excesso enjoa”.


Ele também não se intimidou quando perguntado sobre sua intimidade. “Sexo é um vício que é preciso controlar. Só que a gente ganha essas capacidades de controle ao longo da vida (risos). Hoje estou quieto, rapaz. Vinte e dois anos de casamento”, encerrou.

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