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BB e Caixa antecipam cotas do PIS/Pasep para clientes

Correntistas recebem amanhã. Demais trabalhadores podem sacar a partir do dia 14

07/08/2018 - 08h54

O Dia

Trabalhadores do setor privado recebem a cota do PIS na Caixa (Foto: Divulgação)

O governo federal vai pagar amanhã a cota do PIS/Pasep para 5 milhões a trabalhadores dos setores privado e público que são correntistas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Esse grupo terá o dinheiro depositado em conta. 


O pagamento, que foi suspenso em 30 de junho, virá com uma "boa nova": o saldo das cotas será corrigido em 8,97%. Para quem não é correntista dos dois bancos estatais, os saques estarão liberados entre 14 de agosto e 28 de setembro.


Com depósito em conta, serão beneficiados 4,4 milhões de cotistas do PIS clientes da Caixa, e que terão direito a mais de R$ 3,3 bilhões, informou a instituição. No BB, que administra cerca de 3,5 milhões de cotas do Pasep, com um total de R$ 6,4 bilhões, vão receber neste primeiro momento - via crédito automático em conta - 1,03 milhão e outros 408 mil serão repassados para a Caixa, totalizando 1,4 milhão de cotistas com volume de R$1,26 bilhão.


Até 29 de setembro, o beneficiário da cota poderá solicitar transferência do dinheiro para contas em outras instituições financeiras e não terá que desembolsar tarifa. 


Estimativa do Ministério do Planejamento mostra que, em média, cada conta do PIS/Pasep tem valor médio de R$ 1 mil. 


A liberação dos recursos ocorreu com a sanção da lei e a assinatura de decreto pelo presidente Michel Temer que regulamentou os saques das contas inativas dos fundos dos programas PIS/Pasep para todas as pessoas quem tenham direito ao benefício. De acordo com os bancos, em todas as fazes do programa cerca de 16 milhões de pessoas com menos de 60 anos vão receber. Deste total, 13,6 milhões são cotistas do PIS (trabalhador privado) e outros 2,4 milhões do Pasep (servidor público).


Volta dos critérios normais


Depois de 28 de setembro voltam a valer os critérios normais para pagar as cotas. Quem perder esse prazo só poderá sacar o dinheiro se preencher pelo menos um dos seguintes requisitos: 60 anos de idade ou mais, estar aposentado por invalidez, ter doenças graves.


Em caso de morte do trabalhador, a família pode sacar os valores. Os herdeiros têm direito independentemente da data do calendário.


Com a liberação das cotas para quem tem menos de 60 anos, o governo informou que disponibilizou R$39,3 bilhões. A expectativa do Ministério do Planejamento é de que o impacto na economia chegue a 0,55% do PIB. 


Financiamento mais barato é suspenso 


Com o fim do orçamento de R$ 5 bilhões, a Caixa Econômica suspendeu o financiamento pró-cotista para imóveis usados, em que o indivíduo pode financiar a casa usando até 70% do FGTS. O banco anunciou que a linha de crédito habitacional para imóveis novos está valendo.


A linha pró-cotista é a modalidade de crédito mais barata do mercado, com juros que variam de 7,85% a 9,01% ao ano, daí pode surgir a explicação para o recursos destinado à ela terem se esgotado.


De acordo com Alexandre Prado, do Núcleo Expansão, a decisão deverá impactar diretamente o mercado imobiliário, já que menos pessoas poderão adquirir imóveis usados. 


"O primeiro impacto é na diferença de juros, chegando a 12% ao ano em outras modalidades, ficando mais caro para adquirir um imóvel no valor final. Além disso, impacta na renda de quem quer financiar, pois vai precisar ter uma renda maior", explica.

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