A eficiência do Palmeiras na bola aérea impressiona. Das últimas oito vezes que a equipe balançou as redes, cinco foram pelo alto. A média no Brasileiro é de praticamente um gol de cabeça a cada dois jogos. Os números chamam ainda mais atenção porque esse estilo de jogo não é um pedido do técnico Marcelo Oliveira.
– Não é um sistema de jogo. Utilizamos bem a bola aérea, isso é importante, mas não é uma recomendação, muito pelo contrário - falou o técnico alviverde.
O Palmeiras tem se destacado neste quesito desde o começo do Brasileiro. O primeiro gol na competição saiu de uma cabeçada de Vitor Hugo, no empate em 2 a 2 com o Atlético-MG, em maio. Desde então, o Verdão chegou às redes adversárias por mais 48 vezes no torneio, sendo 17 pelo alto, o que resulta em uma média de 0,64 por rodada. É o líder nesse tipo de jogada, com seis tentos a mais que o segundo colocado Atlético-MG – até o início da 29ª rodada.
Na Copa do Brasil não é diferente. Dos quatro gols que o time fez contra o Internacional, nos dois jogos das quartas de final, três foram de cabeça. Para Marcelo Oliveira, essa eficiência recente pode ser explicada pela ofensividade da equipe.
– Outro dia vi um comentário que o time do Marcelo é muita bola aérea. Eu estava pensando nisso. Como ocorre a bola aérea parada? O time vai envolvendo o adversário, o goleiro coloca para escanteio ou nosso time sofre uma falta. Faz parte da partida jogar a bola para a área. Toda vez que puder tentar fazer o gol será ótimo. Temos laterais que atacam constantemente, isso ajuda também – explica Marcelo Oliviera.
O zagueiro Vitor Hugo e o atacante Rafael Marques são os atletas que mais têm se beneficiado com as jogadas pelo alto. A dupla lidera a artilharia de cabeça do elenco na temporada, com cinco gols cada. Neste domingo, o Verdão tem a chance de mostrar novamente a sua força aérea diante da Chapecoense, às 18h30 (horário de Brasília), na Arena Condá, pelo Brasileiro.