A maior barragem de rejeitos de mineração de Mato Grosso do Sul tem alto risco de se romper, segundo a Vale. Porém, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), não há risco de atingir Corumbá, a cidade mais próxima.
Por causa disso, O governo do Estado, por meio do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul ), vai realizar no dia 7 de dezembro uma ação fiscalizadora de precaução nas barragens que armazenam resíduos minerais localizadas no Maciço do Urucum, no município de Corumbá.
A determinação foi dada pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Elias Verruck, “como forma de tranquilizar a população do perímetro urbano da região, resguardar o Bioma Pantanal e nos antecipar a eventuais medidas que necessitem ser tomadas sobre o assunto. Estamos utilizando do princípio da precaução para nos municiar de ferramentas que possam nos distanciar do risco de algo como o que ocorreu em Mariana (MG). Já entramos em contato com as empresas que atuam no Maciço do Urucum e região para realizar essa fiscalização, que será coordenada pelo Imasul”.
A equipe de fiscalização que vai vistoriar as barragens de resíduos minerais em Corumbá será multidisciplinar e vai envolver técnicos e fiscais do Imasul, além de engenheiros civis, geólogos e profissionais de outros órgãos e entidades.
“Será um trabalho de parceria e de caráter técnico, por meio dele teremos instrumentos para analisar a real situação dessas barragens”, disse o direto de Licenciamento do Imasul, Ricardo Eboli, que vai coordenar a equipe multidisciplinar.
Segundo Eboli, o licenciamento ambiental de instalação e operação das barragens de resíduos minerais localizadas no Maciço do Urucum são de responsabilidade do Ibama e a concessão da extração do minério, dada pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia.