Algum dia não muito distante, uma linda musa inspiradora me perguntou como eu poderia escrever uma poesia, ou uma crônica qualquer com tamanha facilidade e emoção. Sabe meu amor; essa sua indagação me remeteu a uma antiga conversa que tive com grandes imortais poetas, e literatos. Quando em mim começavam despertar o interesse pela poesia, pelo romance, e porque não dizer pela literatura em geral, busquei intelectualizar-me de maneira que eu pudesse compreender os sentimentos e o cotidiano das pessoas. Com a devida vênia passo a destacá-los iniciando por Neruda. Neruda com toda sua incrível dedicação e solicitude me houveram dito naquela enriquecedora exaltação cultural, que escrever é fácil; você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final, No meio você coloca idéias, e conclui; fácil assim! Evidentemente minha amada que obviamente não é tão simples como parece.
Porém aquela inesquecível conversa que tivemos foi obra do meu desejo e da grande
admiração que sempre nutri por Neruda. Passei a procurá-lo por vários de seus
alfarrábios; dentre eles: Antologia Poética com tradução do poeta brasileiro
Ferreira Gullar, Ode a Uma Estrela, que nos mostra que existem coisas que,
aparentemente, cabem na palma das nossas mãos, coisas que desejamos e
gostaríamos de tê-las sempre próximas e às vezes não percebemos: O amor é o
foco de sua vida e de suas obras, que foi dedicada a Matilde Urrutia, sua
última musa, que foi escrito em quatro partes - manhã, meio-dia, tarde e noite.
Evidente que com ele muito evolui até que pudesse rascunhar meus primeiros e
tenros sonetos, pensamentos, e crônicas. De Neruda; procurei por Fernando
Antônio Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, vasculhando um
pouco de suas obras, dentre as quais recomendo: Livro do Desassossego (Bernardo
Soares), uma obra composta de fragmentos alternados entre diversos tópicos, que
revelam a dialética emocional do poeta, seus amores e paixões, saberes e
valores éticos e morais. Esta obra está bem próxima de ser considerado um
romance.
Pessoa permeava de motivação minha inquietação poética!, Tal foi minha surpresa e alegria, quando ele me aconselhou para que as minhas palavras se mantivessem sempre vivas, de tal forma como também eu devesse escrever e viver para florescer outros jardins, em especial o jardim do meu amor; mais sem que eu perdesse em mente que o meu jardim poético deveria se abarrotar de todas as flores, de todas as rosas, e de todas as manacás brancas e azuis, e distribuir todos os dias para ela. E que assim então eu alcançaria a sensibilidade e a força da poesia e da crônica. Que vivesse cada dia como se fosse simplesmente cada dia; nem o último nem o primeiro, mais que seria sempre o ÚNICO! Aliás, como único também é o meu amor por você minha inesquecível rainha!. Que eu não devesse reter minhas lágrimas, porque as lágrimas não derramadas invariavelmente esperam em lagos pequenos e frágeis, ou simplesmente transformam em rios invisíveis que correm para o âmago da desilusão, e da tristeza!
Por fim, ainda respondendo a ti minha amada; procurei e me esforcei por
encontrar com Vinícius, pelos ares e bares de Copacabana! Foram momentos
poéticos indescritíveis! Estava diante do meu guru intelectual, do grande poeta
que detinha a mesma verve e sensibilidade do grande gênio da literatura
brasileira; Castro Alves! O poetinha como era assim chamado por Toquinho, Tom
Jobim, e outros amigos entre um chope e outro, um violão e uma mulher!.
Pesquisando suas inúmeras obras, incontáveis poemas, destaco: “Para viver um
grande amor; Poemas esparsos, O caminho para distancia, posteriormente
compilado como Sentimento Sublime, uma coletânea de poemas que já definia na
época a verve poética e romântica do autor. Vinicius também me orientou e me
influenciou em muito nos meus simples e humildes poemas, crônicas, contos,
pensamentos e lirismo poéticos. Recomendava-me que nunca se esquecesse que o
amor é imortal, posto que é chama sublime!. Que a pior solidão é a da pessoa
que não ama, e que eu deveria estar atento ao acalento do amor e do coração!.
Mas que não seria eu que vivesse a vida por mim mesmo, e sim o amor da mulher
amada que vivesse em mim, alimentando o amor para minha vida poder viver
eternamente para ela! Que cada verso meu seria, para que eu dissesse ao meu
amor que eu sempre vou te amar, por toda a minha existência. Que eu não me
considerasse imortal, posto que amor deverá ser infinito enquanto dure. Então
meu amor entenda que não é tão difícil assim demonstrar e descrever sentimentos;
basta ouvir os cânticos sublimes exalados da alma, tendo o amor como razão de
tudo, e a felicidade de poder dizer que tenho saudades de ti, e que apesar da
distância te amo tanto assim! Um grande beijo do seu poeta que não te esquece e
jamais te esquecerá!
E por falar em saudade, por onde anda você?