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Nuvem gigante de fumaça assusta moradores no Centro-Oeste

Piora das condições ambientais em MS e MT tem a ver com Pantanal, bioma que vive a pior seca e o pior período de queimadas desde fim dos anos 90.

14/08/2020 - 08h07

BBC

Fogo na região do Nabileque, em Corumbá, Pantanal de MS (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Uma nuvem de fumaça encobriu cidades do Centro-Oeste na manhã de quinta-feira (13). O principal motivo é a atual situação do Pantanal. O bioma, localizado em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, enfrenta o maior volume de queimadas nas últimas décadas.


A piora das condições ambientais, que costuma vir acompanhada de aumento de problemas respiratórios e de saúde na população, agora se soma também à pandemia de coronavírus.


A região Centro-Oeste foi uma das últimas a serem duramente afetadas pela Covid-19 no Brasil. Em julho, a nova doença cresceu em diversos estados da região que antes figuravam entre os menos atingidos pelo novo coronavírus, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


Hoje, a região é a segunda com maior incidência de casos a cada 100 mil habitantes — 2.044,1 —, atrás apenas do Norte (2.517,7 casos a cada 100 mil habitantes).


Em Cuiabá (MT), um incêndio de grandes proporções, nas margens da Rodovia Helder Cândia, conhecida como Estrada da Guia, piorou a situação.


As chamas começaram na tarde de quarta-feira (12/08), em uma área de Cerrado (outro bioma regional), e logo se alastraram.


Os bombeiros conseguiram conter o fogo somente na manhã do dia seguinte, justamente quando as chamas, associadas aos efeitos das queimadas no Pantanal, levaram fuligem e fumaça para a capital mato-grossense e regiões vizinhas.


Em toda a região Centro-Oeste, o número de focos de incêndio detectados neste ano é 20% superior ao registrado entre janeiro e 12 de agosto de 2019.


Pantanal: pior seca e maior número de incêndios


A atual situação do Pantanal, maior área úmida continental do planeta, preocupa ambientalistas.

O bioma enfrenta a sua maior seca dos últimos 47 anos. Especialistas apontam que a quantidade de chuva no primeiro semestre foi 40% abaixo do esperado.


O Pantanal enfrenta ainda o pior período de queimadas desde o fim dos anos 90 — quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desenvolveu a plataforma que se tornou referência para monitorar focos de calor no país.

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