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PDT de Odilon vai à Justiça para cassar candidatura de Bolsonaro

Partido deseja tirar o sonho da maioria dos brasileiros que defende mudança 

18/10/2018 - 20h45

Campo Grande

Odilon cumprimenta Ciro em evento no Estado (Foto: Divulgação)

O PDT do ex-juiz Odilon de Oliveira deseja protocolar uma ação na Justiça Eleitoral a fim de cassar o registro da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), acabando desta forma com o sonho da maioria dos brasileiros que defende mudança, atestado nas ruas e nas pesquisas de intenção de votos. 


Presidido nacionalmente pelo ex-ministro Carlos Lupi, o PDT prepara uma ação para pedir à Justiça Eleitoral a nulidade das eleições deste ano após as denúncias de supostas práticas ilícitas no uso de redes sociais por parte da campanha de Bolsonaro.


Em Mato Grosso do Sul, PDT e PSDB disputam o segundo turno. 


O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem o apoio de Bolsonaro, enquanto Odilon de Oliveira carrega o escudo do PDT no peito.


O candidato do PSL mantém larga vantagem sobre adversário em nova pesquisa do instituto Datafolha para o segundo turno. 


Bolsonaro tem 59% das intenções de voto para o segundo turno das eleições, contra 41% de Fernando Haddad (PT), segundo  pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (18), a dez dias da votação de 28 de outubro.


Para analistas, a liderança folgada de Bolsonaro em todas as pesquisas até agora divulgadas, talvez, justifique a estratégia do PDT de Odilon pela ação judicial. Seria uma das estratégias para beneficiar o partido na reta final da campanha eleitoral. 


AÇÃO 


Segundo Lupi, cujo partido teve o candidato Ciro Gomes em terceiro lugar no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto, a equipe jurídica do PDT ainda estuda a forma e o conteúdo da peça a ser apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


“Estamos preparando uma ação. Ainda não está pronta, o jurídico está examinando o termo exato e por isso ainda não soltei”, disse o presidente do partido à Reuters.


Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira apontou práticas ilícitas no uso de redes sociais por parte da campanha do candidato do PSL à Presidência. 


O jornal afirma que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT e a favor de Bolsonaro por WhatsApp, em uma prática que se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma operação para a próxima semana, antes do segundo turno.


Adversário de Bolsonaro no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto, o candidato do PT, Fernando Haddad, acusou Bolsonaro de criar uma “verdadeira organização criminosa com empresários que, mediante caixa dois, dinheiro sujo, estão patrocinando mensagens mentirosas no WhatsApp”.


O PT entrou com um pedido para que a Polícia Federal investigue a utilização deliberada de notícias sabidamente falsas (as “fake news”), doação não declarada de verbas do exterior, propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a utilização indevida do WhatsApp.


A campanha de Bolsonaro não se manifestou de imediato sobre as denúncias, mas um dos filhos do presidenciável disse em mensagem no Twitter que o jornal e o PT contam meias-verdades ou mentiras descontextualizadas.


“Vão perder a boquinha que o partido mais corrupto do Brasil bancou ao longo de seu tempo no poder!”, escreveu o vereador Carlos Bolsonaro.

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