O pente-fino feito iniciado em julho pela prefeitura de Campo Grande a pedido do MPF (Ministério Público Federal) encontrou indícios de várias irregularidades entre beneficiários do Bolsa Família.
De 5,2 mil pessoas que recebem o benefício na Capital, 86% são empresários ou microempresários. A informação é do Portal Correio do Estado.
O levantamento feito pela Secretaria Municipal de Políticas de Ações Sociais e Cidadania depois de investigação do MPF resultou em uma listagem com 5.232 nomes de pessoas que provavelmente recebem o benefício irregularmente. Os nomes serão divulgados ainda hoje pela prefeitura.
Do total de investigados, há confirmação de irregularidade em 192 casos, e 50 pessoas já tiveram o Bolsa Família bloqueado. Todos os meses, o pagamento do benefício tem impacto de R$ 4 milhões na conta da prefeitura. Ainda não há levantamento do rombo causado pelos beneficiários irregulares.
A apuração descobriu ainda que entre os beneficiários havia 86 pessoas que doaram dinheiro para campanhas eleitorais e os valores são superiores ao que elas recebem. Outros 11 são servidores públicos e também há indício de que 153 beneficiários já faleceram, mas parentes continuaram recebendo os valores.
Em média, o benefício pago é de R$ 150 por mês.