A ostentação e a vida luxuosa dos supostos estelionatários responsáveis pela comercialização da moeda Kriptacoin surpreende até a polícia. Na sexta-feira (22), agentes da Corf (Coordenadoria de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes) apreenderam uma Lamborghini avaliada em R$ 1,8 milhão. O carro estava escondido em Anápolis (GO) e, segundo investigadores, iria para Goiânia (GO) ainda nesta sexta.
A capital do estado é outro local onde o grupo também atuava. O veículo deve chegar ao DPE (Departamento de Polícia Especializada) no fim da tarde.
O carro era usado, segundo a polícia, por Weverton Viana Marinho, o homem que seria o cabeça do esquema, mas não estava em nome dele. No vidro traseiro o veículo trazia a marca Kriptacoin. Segundo investigadores, os acusados de esconder o automóvel podem responder pelo crime de obstrução a Justiça.
Em redes sociais, Weverton sempre dava publicidade ao investimento e postava fotos dirigindo carros como Ferrari e Porsche, além de mostrar relógios caros e roupas de marca. O irmão dele, Welbert Richard Viana Marinho, seria o vice-presidente da empresa e “mentor intelectual do crime”, segundo a Polícia Civil.
De acordo com as investigações, o grupo usava nomes e documentos falsos e empresas em nome de terceiros para atrair investidores. A promessa era de lucro de até 1% ao dia. O capital era movimentado em várias contas para ocultar o que se ganhava com os golpes. No DF, os criminosos usavam contas de uma academia de ginástica e de lanchonetes para fazer a lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, a negociação da moeda virtual representa um crime contra a economia popular e estelionato.