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8 funcionários da Vale são presos em investigação sobre tragédia

Um dos alvos é acusado de pressionar engenheiro a assinar laudo que atestava estabilidade da barragem. Rompimento matou 166 pessoas.

15/02/2019 - 08h18

G1

Funcionários da Vale são presos (Foto: Carlos Amaral/G1)

Oito funcionários da Vale foram presos, na manhã desta sexta-feira (15), em investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. A operação ocorre em Minas Gerais, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público, a ação visa "apurar responsabilidade criminal pelo rompimento de barragens existentes na Mina Córrego do Feijão, mantida pela empresa Vale, na cidade de Brumadinho.


egundo o MP, os oito presos são funcionários da mineradora, sendo quatro gerentes (dois deles, executivos) e quatro integrantes de áreas técnicas. São eles: Joaquim Pedro de Toledo, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Cristina Heloíza da Silva Malheiros, Artur Bastos Ribeiro, Alexandre de Paula Campanha, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, Hélio Márcio Lopes da Cerqueira e Felipe Figueiredo Rocha.


Um dos alvos da operação, Alexandre de Paula Campanha, foi preso em casa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em depoimento à polícia, o engenheiro Makoto Namba , que trabalha para a TÜV SÜD, disse que se sentiu pressionado por Campanha a assinar o laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho. “A TÜV SÜD vai assinar ou não a declaração de estabilidade?”, teria dito Campanha.


Namba disse à PF ter respondido que a empresa assinaria o laudo se a Vale adotasse as recomendações indicadas na revisão periódica de junho de 2018, mas assinou o documento.


Ainda segundo Namba, que chegou a ser preso com outro funcionário da empresa e três da Vale em 29 de janeiro, “apesar de ter dado esta resposta para Alexandre Campanha, o declarante sentiu a frase proferida pelo mesmo e descrita neste termo como uma maneira de pressionar o declarante e a TÜV SÜD a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato”.


O G1 procurou a Vale que, até a última atualização desta reportagem, não tinha se posicionado.

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