O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, foi recebido na tarde desta quarta-feira (13), em Brasília, pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem tratou de uma série de assuntos de interesse dos municípios do Estado.
Acompanhado do diretor-geral da entidade, Zé Cabelo, o dirigente entregou ao ministro um ofício no qual a Assomasul solicita a regulamentação dos documentos das caminhonetes entregues ano passado a vários municípios do Estado para serem utilizadas no combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da Dengue.
No total, foram distribuídos mil veículos em todo o País como parte de um investimento para a vigilância em saúde.
Para a entrega das caminhonetes, o governo federal disse que seria observado o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti). As regiões com maior risco de surto seriam priorizadas na distribuição dos veículos.
À época, o LIRAa apontou que algumas capitais do país registraram situação de alerta não apenas de dengue, mas também de zika e chikungunya, como Manaus, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Brasília, São Luís, Belém, Vitória, Salvador, Porto Velho, Goiânia e Campo Grande.
Na conversa com Mandetta, além de pedir apoio visando à regularização da documentação dos veículos, Caravina solicitou a distribuição de caminhonetes para as prefeituras que não foram contempladas.
O presidente ouviu do ministro da Saúde que existe uma demanda do MPF (Ministério Público Federal) alegando que as caminhonetes foram distribuídas sem critérios objetivos durante o governo do presidente Michel Temer (MDB-SP).
Em dezembro, alegando urgência nas ações de prevenção, o ministério antecipou em 45 dias a entrega de 600 veículos destinados para as regiões Centro-Oeste e Sudeste. Contrariando a praxe – e o que havia sido determinado no edital – a empresa ganhadora encaminhou os carros para o porto seco da Receita Federal no Distrito Federal, localizado no entorno de Brasília.
Este ano, o Ministério da Saúde suspendeu a entrega de caminhonetes usadas no combate ao mosquito Aedes aegypti e abriu uma sindicância para apurar quais foram os critérios usados para a distribuição dos carros.
No entanto, Mandetta – segundo o dirigente, prometeu retomar a distribuição dos veículos entre as prefeituras, mas desta vez com critérios, tão logo a situação seja resolvida.
“Entregamos um ofício ao ministro pedindo a regularização da documentação das caminhonetes que foram entregues aos municípios e também para que sejam contemplados os demais municípios que não receberam”, disse o dirigente, que também tratou de outras questões relacionadas ao setor.
Caravina, que foi a Brasília participar de reunião do Conselho Político da CNM (Confederação Nacional de Municípios) na terça (12), e de um café da manhã com os congressistas, nesta quarta, informou que Mandetta prometeu estudos no sentido de regularizar a situação, além de desenvolver projetos que venham a beneficiar os municípios.
“Falamos da regionalização da saúde, sobre a implantação de mais uma hemodiálise para atender o interior, algumas pendências de obras que estão em andamento e que não foram concluídas do governo passado. Agenda foi produtiva, institucional, onde o ministro falou que realmente vai olhar para Mato Grosso do Sul e comentou sobre a importância de fazer um plano de saúde para os municípios do Estado em parceria com o Ministério da Saúde”, reforçou.