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Com 120 anos, Campo Grande é a escolha de quem busca empreender com a indústria sem perder a qualidade de vida

Atualmente existem 2.278 estabelecimentos industriais ativos no município.

25/08/2019 - 20h55

Campo Grande

Campo Grande é forte no setor industrial (Foto: ditalia )

Nesta segunda-feira (26), Campo Grande completa 120 anos e, conhecida como uma capital com clima de interior, a cidade é destino daqueles que desejam empreender no setor industrial ao mesmo tempo em busca manter a qualidade de vida. Tanto que, de acordo com levantamento feito pelo Radar Industrial da Fiems, atualmente existem 2.278 estabelecimentos industriais ativos no município.


Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, a indústria responde por 13% de todo o emprego formal de Campo Grande. “Ao todo, são 35.939 empregados ou 29% do total de trabalhadores empregados na indústria sul-mato-grossense”, revelou.


Além disso, conforme Ezequiel Resende, o salário médio pago na indústria da Capital é de R$ 2.073,00, proporcionando uma massa salarial de R$ 893,9 milhões ou 8,6% de tudo o que é pago em salários na cidade.


Ele completa que o PIB (Produto Interno Bruto) Industrial de Campo Grande alcança atualmente R$ 3,792 bilhões, o que representa 20% do PIB Industrial de Mato Grosso do Sul. “Trata-se do 2º maior do Estado e responde por 17% do PIB total do município”, informou.


De bancário a industrial


Com números tão significativos, Campo Grande foi o destino escolhido pelo empresário Zigomar Burille, da D’Itália Indústria e Comércio de Plásticos, para instalar sua indústria e criar os filhos. A localização estratégica para conseguir matéria-prima e também o público consumidor para os forros de PVC que seriam produzidos foram fatores determinantes, aliados à tranquilidade de uma Capital com cara de interior, garantindo qualidade de vida para toda a família.


No entanto, a história de Zigomar em Mato Grosso do Sul começou 10 anos antes, em 1987. Bancário natural de Pato Branco (PR), decidiu se aventurar como empresário em Dourados (Ms). “O que me atraiu na época foi o agronegócio e a perspectiva de trabalhar com madeira. Abri uma madeireira e nosso principal produto eram forros de ipê, com madeira comprada da Região Norte”, recorda.


As constantes atualizações na legislação ambiental, contudo, foram dificultando a aquisição da madeira por causa da burocracia com relação às licenças necessárias. 


“Foi a escassez de matéria-prima que me fez pensar na possibilidade de começar a trabalhar com forros de PVC. Na época era uma novidade e em Mato Grosso do Sul não havia ninguém que fazia isso. Conheci algumas pessoas do Rio Grande do Sul e de São Paulo que já trabalhavam nesse ramo e fui me informando”, conta o empresário.


Da ideia de trabalhar com PVC para a inauguração da D’Itália, Zigomar Burille levou cerca de cinco anos. “Como era uma novidade no País, foi necessário pesquisar bastante. Trouxe alguns técnicos de São Paulo para auxiliar na implantação da fábrica, que eu já havia decidido que seria em Campo Grande por causa da concentração maior de consumidores em potencial, além da facilidade logística”, explica.


Foi aí que em 1997 a D’Itália foi inaugurada num espaço localizado na Rua da Alegria, na Vila Adelina, em Campo Grande, em um barracão que aos poucos foi sendo ampliado. Atualmente, a indústria está localizada na Avenida Senador Antônio Mendes Canale, no mesmo bairro e uma rua atrás de onde tudo começou.


“Depois disso, expandi a empresa e hoje tenho mais dois braços dela: a Luplast, na Avenida Ernesto Geisel, e a Primordial, que fica em Bauru, ambas no mesmo segmento”, ressalta.


Depois de 22 anos como industrial de Campo Grande, Zigomar Burille acredita que o diferencial da Capital é o desenvolvimento econômico e urbano, que não prejudica a tranquilidade de quem vive por aqui. 


“Foi a cidade que me acolheu, onde eu prosperei e onde criei meus filhos, que se formaram nas universidades daqui e continuam trabalhando no município. Às vezes penso em voltar para Pato Branco apenas para fugir do calor, mas logo mudo de ideia quando vejo tudo o que conquistei em Campo Grande”, finaliza.

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