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Decisão judicial barra licitação de tapa-buracos em Campo Grande

Apesar disso, serviços não serão afetados com a medida 

08/02/2018 - 09h07

Campo Grande

Prefeitura retomou o serviço de tapa-buracos em dezembro (Foto: Reprodução )

Os desembargadores da 5ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiram, por unanimidade, pela suspensão do processo de licitação do serviço de tapa-buracos em Campo Grande que iniciou em maio de 2017. 


De acordo com o G1, a decisão do dia 30 de janeiro de 2018, no entanto, não deve afetar o serviço que está sendo prestado na cidade.


Segundo o procurador-geral do município, Alexandre Ávalo, a decisão se baseou na ação de uma empresa que venceu uma licitação na administração anterior, em 2016, e o contrato foi cancelado no ano passado. A prefeitura informou que ainda não foi notificada da decisão.


Ávalo afirmou que o trabalho das empresas segue normalmente, pelo menos por enquanto. O contrato com as empresas vencedoras foi assinado no dia 20 de dezembro do ano passado.


No voto, o relator do processo, desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, afirma que "o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação repousa no fato de que a instauração de novo processo licitatório - que aparentemente contraria o edital e a legislação de regência -, implica não só dispêndio de verba pública, como também prejuízo ao agravante [empresa que entrou com a ação]".


Diante do impasse, o desembargador votou por reformar a decisão do juiz de primeiro grau que indeferiu a antecipação dos efeitos da tutela formulado na inicial, até a decisão definitiva no mandado de segurança.

Desde dezembro, o serviço de tapa-buraco foi retomado nas sete regiões urbanas da capital sul-mato-grossense com 35 equipes das quatro empresas contratadas.


Demora


A licitação do tapa-buraco iniciou no dia 29 de maio deste ano, mas por causa dos 12 pedidos de recursos e impugnações: cinco questionamentos ao edital; cinco recursos na fase de habilitação e ainda um recurso na fase de proposta, atrasou o processo em quase sete meses.


O TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) ainda suspendeu o processo por 49 dias. Também houve um recurso judicial que paralisou o processo por 25 dias, mas foi decidido pelo arquivamento da ação.


O processo de licitação teve a participação de 22 empresas e 84 propostas para os sete lotes em disputa. A divisão correspondeu a cada região urbana da cidade. Algumas empresas disputaram mais de um lote.


De acordo com a prefeitura, a disputa barateou 22,38% o valor dos contratos, válidos por um ano, gerando uma economia de R$ 9.812.1124,61. O custo inicial foi orçado em R$ 43.826.435,98, mas o valor total das propostas vencedoras foi de R$ 34.014.311,37, por contratos de um ano.

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