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Municípios cobram definição do STF sobre redistribuição dos royalties de petróleo

Municípios e os estados deixaram de receber R$ 22,6 bilhões em três anos 

12/04/2018 - 11h25

De Brasília 

Prefeitos cobram divisão do royalties de petróleo (Foto: Reprodução)

Há seis anos, o movimento municipalista aguarda uma decisão definitiva do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a redistribuição dos recursos arrecadados com a exploração dos royalties de petróleo, suspensa por decisão monocrática da Corte. 


A reivindicação de justiça, literalmente, na partilha desse recurso – entre os 5.568 municípios – volta a ganhar destaque na pauta municipalista, com direito a abaixo-assinado com assinaturas de gestores municiais e da população. 


De acordo com dados da CNM (Confederação Nacional de Municípios), após três anos e três trimestres de produção de petróleo, os municípios e os estados deixaram de receber R$ 22,6 bilhões, por meio do Fundo Especial do Petróleo. Isso, desde que a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, na época relatora da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4917/2013 ajuizada pelo Estado do Rio de Janeiro, concedeu liminar suspendendo os efeitos da Lei 12.734/2012. A legislação foi aprovada pelo Congresso Nacional após forte pressão municipalista.


As mudanças promovidas pelo Parlamento nas regras de distribuição dos royalties do petróleo foram vetadas pela presidente da República da época, Dilma Rousseff. Os gestores locais não se conformaram com a decisão do governo de favorecer poucos Municípios em detrimento a totalidade deles. As ruas foram palco para manifesta a indignação. Mobilizações regionais e na capital federal, com milhares de gestores municipais, garantiram a derrubado do veto pelo Congresso.


Mesmo depois de todo trabalho e de todas as ações dos municipalistas, o Supremo concedeu liminar suspendendo os efeitos da legislação. Desde então, a CNM tem trabalhado e movimento tem pressionado para que a Corte coloque a matéria em votação. 


Além disso, ressalta que tanto a AGU (Advocacia-Geral da União) quanto a PGR (Procuradoria Geral da República), manifestaram-se pela plena constitucionalidade das regras definidas no Congresso Nacional. Durante a XXI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, de 21 a 24 de maio, a reivindicação volta com pressão total.


Assinaturas


Além de convidar os ministros do STF para o evento, o movimento municipalista liderado pela CNM pretende entregar o abaixo-assinado com milhares de assinaturas, de representantes locais e da população, à Corte durante a XXI Marcha. 


O presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, aconselha para que os representantes locais e estaduais se mobilizem e mostrem a importância da pauta, novamente, forte campanha para que o documento represente pressão nos ministros. As informações são da Agência CNM.

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