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Prefeitos querem impedir que adicionais de 1% do FPM vão para o Fundeb

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, se reuniu com a relatora da PEC, professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), para discutir o tema.

11/03/2020 - 13h30

De Brasília

Aroldi (e) com com a relatora da PEC, professora Dorinha (DEM-TO) (Foto: Agência CNM)

Com discussão e votação convocadas para esta semana na Comissão Especial da Câmara, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição 15/2015 – que torna o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação ) mecanismo permanente – tem sido tema de articulação técnica e política da CNM (Confederação Nacional de Municípios).


Desde que a matéria começou a tramitar, a entidade tem se debruçado sobre o tema para garantir que as demandas da gestão local sejam atendidas. 


Na terça-feira (10), ocorreu mais uma reunião do presidente da CNM, Glademir Aroldi, com a relatora da PEC, professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e o presidente da Comissão, deputado Bacelar (Pode-BA), para reforçar os pleitos.


Entre os pontos citados, Aroldi destacou o pedido de não inclusão na cesta do Fundeb dos dois 1% do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) repassados aos municípios em julho e dezembro de cada ano.


Para a Confederação, esses adicionais auxiliam as prefeituras em períodos de crescimento de despesa, como o pagamento do 13º salário em dezembro e de queda na receita em julho em razão da restituição do IR.


Além de não ser justo incluir o montante de natureza extraordinária e com caráter de apoio financeiro, o movimento municipalista lembra que que os referidos valores, por incorporarem à receita de impostos do município, consequentemente já são aplicados em ações de manutenção e desenvolvimento de ensino (MDE) e se traduzem em mais recursos aplicados na educação local.


Pontos positivos


Outras demandas do movimento municipalista referem-se ao salário educação – hoje destinado a programas federais, como os de alimentação e transporte escolar, dinheiro direto na escola, livro didático e outros –; ao CAQ (Custo Aluno Qualidade); à participação social nas políticas; e aos recursos adicionais à complementação da União para manutenção e custeio das creches.


Vale destacar que as definições acerca do Fundeb são endossadas pelo Conselho Político da CNM, que reúne as 27 associações/federações estaduais.


A PEC transforma o Fundeb – previsto para acabar neste ano – em mecanismo permanente de financiamento da educação básica pública e aperfeiçoa os critérios de distribuição, aumentando a complementação por parte da União.


Apesar das sugestões de aprimoramento, a Confederação reconhece que o texto apresentado na comissão pela relatora contempla outras demandas municipalistas, como o estabelecimento de um modelo híbrido para divisão dos recursos: 10% distribuídos por Estado como no Fundeb atual e 7,5% distribuídos por rede de ensino pelo valor aluno-ano total.


O último critério visa a um maior equilíbrio da rede municipal, já que municípios de Estados que hoje não são beneficiados com a complementação poderão receber recursos.


Também participaram do encontro o supervisor da Assessoria Parlamentar da CNM, André Alencar; e as consultoras de Educação da entidade, Mariza Abreu e Selma Maquine. Com informações da Agência CNM.

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