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Acusações de fraude devem tirar nomes de peso na disputa em Campo Grande

25/07/2015 - 11h34

Willams Araújo

De Campo Grande 

Edson Giroto, presidente regional do PR (Foto: Capital News)

As acusações sobre supostas fraudes em processo de licitações devem tirar nomes de peso da disputa pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições do ano que vem. 


A leitura que se faz é que mesmo que os supostos envolvidos no esquema de corrupção não sejam presos o escândalo por si só já seria suficiente para “condená-los” nas urnas por antecipação. 


Para analistas, a imagem de pessoas denunciadas por crimes de corrupção sempre sai chamuscada perante a opinião pública mesmo que o desfecho das investigações não seja como deveria. 


Por causa disso, a Operação Lama Asfáltica deflagrada pela Polícia Federal, Receita Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal), deve mudar o cenário político com vistas às eleições municipais em Campo Grande em 2016.


Apesar de incluir nomes de empreiteiros e empresários, o alvo sempre recai em políticos. Entre eles, estão sendo investigados o ex-governador André Puccinelli (PMDB), e o ex-assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, presidente regional do PR, pré-candidato a prefeito. 


Acredita-se que outras lideranças políticas de expressão devam surgir. Fala-se, inclusive, na possibilidade de o escândalo respingar no nome do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), por causa da relação de sua gestão com o empreiteiro João Amorim, dono da Proteco Construções, acusada de participar de licitações fraudulentas. 


André Puccinelli e Nelsinho se articulavam para a apoiar respectivamente as candidaturas de Giroto e do deputado estadual Marquinhos Trad, que devem trocar o PMDB pelo PSD, à sucessão do prefeito Gilmar Olarte (PP). 


As denúncias, no entanto, devem força-los a mudar de ideia. O próprio Giroto, que organizava um mega encontro regional do PR para o começo de agosto, recuou. 


De acordo com a Polícia Federal, os prejuízos aos cofres públicos somam aproximadamente R$ 11 milhões, de um montante de R$ 45 milhões fiscalizados.


Ex-secretário de Obras nos governos de André Puccinelli, incluindo na Prefeitura de Campo Grande, o ex-deputado federal se articulava para enfrentar os candidatos do PT do senador Delcídio do Amaral e do deputado federal Zeca do PT e do PSDB do governador Reinaldo Azambuja. 


No PT, dois nomes estão à disposição, o do próprio Zeca do PT e o do deputado estadual Pedro Kemp. Dividido, o partido se articula para chegar à campanha eleitoral unido, aproveitando o momento de intranqüilidade que ronda o prefeito Gilmar Olarte para capitalizar isso politicamente. 


O PSDB tem apontado o nome da vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Rose Modesto, como provável candidata do partido em 2016. No entanto, a indicação ainda é discutida nos quadros da legenda.

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