Além do escândalo da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvio de dinheiro público durante o seu mandato, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), defende-se de uma ação de reparação por danos morais movido pela vereadora de Campo Grande, Luíza Ribeiro (PPS).
A ação tramita na 3º Vara do Juizado Cível da comarca de Campo Grande em razão de ofensa pública feita pelo peemedebista num evento especificamente destinado a defesa da mulher e o combate a violência de gênero, ocorrido em 9 de setembro de 2013.
Luíza alega que na presença de autoridades do Ministério Público, autoridades administrativas e delegadas, durante ato de entrega de veículos visando o combate a violência contra as mulheres, nos municípios, o então governador a tratou com desrespeito, chamando-a de "azedinha", causando assim mau estar imediato nos que estavam no evento.
Segundo a vereadora, André Puccinelli usou o termo depreciativo mais de uma vez, inclusive, referindo-se a vereadora desta maneira em razão de ela estar fazendo movimento para que fosse devolvido o plantão de 24h das DEAMs, que foi retirado quando o peemedebista assumiu o cargo em 2007, e só foi restaurado depois de sua saída em 2014, prejudicando muito o combate a violência contra a mulher.
De acordo com a assessoria da vereadora, Andre Puccinelli compareceu a audiência e não apresentou proposta de conciliação.
Diante disso, nova audiência de instrução ficou marcada para o dia 9 de setembro, às 13h, na 3º Vara do Juizado Cível.
A vereadora justifica que fez esta ação no sentido de corrigir futuras postura do ex-governador ou de outras autoridades que abusando do poder político em determinadas situações, fazem agressões as mulheres, especialmente, as que ocupam cargo público.
A vereadora faz ação efetiva de defesa e proteção as mulheres, inclusive campanhas pela implantação de delegacias especializadas de atendimento à mulher com plantão 24h.
“O fato repercutiu negativamente. A maneira desrespeitosa que o ex-governador fez menção a mim no evento foi noticiada em vários veículos e comunicação e esta expressão foi usada como "chacota" na Câmara Municipal”, comentou a vereadora.