A Assembleia Legislativa pode criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) a fim de investigar suposto cartel dos combustíveis em Mato Grosso do Sul. A sugestão partiu do deputado José Carlos Barbosa (PSB), o barbosinha, que está intrigado com o tabelamento dos valores por parte dos postos da Capital que aumentaram a gasolina em mais de 21%.
“Houve um disparo nos preços ao mesmo tempo, o que sinaliza a existência de uma cartelização”, criticou o socialista durante discurso na tribuna da Casa.
De acordo com Barbosinha, o encerramento das promoções e o aumento do combustível nos postos em geral deixam implícita uma suposta formação de cartel. Em Campo Grande, a gasolina que estava sendo vendida por menos de R$ 2,90 até semana passada, hoje chega a custar mais de R$ 3,40.
Seguindo a tendência, o preço do diesel passou de R$ 2,89 para R$ 2,96, mesmo diante da redução da pauta do ICMS (Imposto sobre a Cirulação de Mercadorias e Serviços) determinada pelo governo do Estado.
“Houve um esforço coletivo desta Casa de Leis em baixar o preço e aí vem o fornecedor se aproveitar para aumentar sua margem de lucro. À medida que se baixa a pauta tem que diminuir o preço na bomba”, disse o parlamentar, que é proponente de uma audiência pública que será realizada no dia 10 de setembro para discutir o tema.
Intitulada “Preço dos combustíveis: Queremos saber a verdade”, o debate tem como foco levantar a questão do abuso nos valores praticados principalmente nos postos da cidade de Dourados onde o preço registrado é ainda maior que o da Capital. “Surgindo evidências de formação de cartel, há a possibilidade de instalarmos uma CPI para investigar”, adiantou Barbosinha.