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Bolsonaro diz que alta de alimentos é consequência do isolamento

"Aquela política do fique em casa, a economia vem depois, está tendo algum reflexo agora", disse o presidente, nesta segunda-feira, a apoiadores

23/11/2020 - 15h36

R7

O presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução )

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (23), que uma das consequências do isolamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus, foi a alta no preço dos alimentos.


Cercado de apoiadores e seguranças, o presidente reconheceu o aumento de preços, mas disse que a responsabilidade não é dele. "Pessoal tem reclamado dos preços dos alimentos, tem subido, sim, além do normal. Também é uma consequência do 'fique em casa', que quase quebrou a economia", destacou. 

"Então tem muita coisa errada, sabemos disso, mas a responsabilidade tem que ser apontada para quem é de direito. Todo mundo aponta para mim essa questão dos alimentos, estou fazendo o possível para voltar à normalidade", explicou o presidente.


"Se não tivesse feito aquelas medidas lá atrás, para ajudar pequenas e micro empresas, auxílio emergencial, estaria terrível aqui no Brasil"


Bolsonaro disse que a população, às vezes, se "esquece" do período da pandemia, e destacou que o governo se endividou em quase R$ 700 bilhões para tomar medidas. Além disso, o presidente respondeu às críticas sobre o agronegócio ter que priorizar o mercado interno. 


"Passam a criticar o tempo todo o agronegócio, falando que tem que vender aqui para dentro e não para fora do país. E olha a soja, ela tem que ser toda exportada, não tem como ser consumido tudo aqui dentro. E outra coisa, eu sou da lei da livre iniciativa, oferta e procura, e o mercado é quem diz se vai ser vendido aqui ou lá fora", defendeu.


Bolsonaro disse que sofre "o tempo todo com mentiras, tentando desgastar o governo" e críticou a oposição. "Ao invés da esquerdalha mostrar o que fizeram no passado, não vão mostrar, porque só roubaram, não adianta mostrar. Então tem que caluniar os outros", afirmou. 


"E mais, o governo federal, com as medidas que tomou, evitou algo muito pior do que o aumento de alguns alimentos. Que foi o que? Desabastecimento. Se o campo tivesse ficado em casa, não teríamos comida aqui, o Brasil estaria pegando fogo. É isso que a esquerda quer, que o Brasil pegue fogo para dizer que eles são os salvadores da pátria", emendou.


Desmatamento e queimadas


Bolsonaro ressaltou aos seus apoiadores um vídeo, postado em suas redes sociais nesta manhã, que mostra como é tratado o agronegócio no Brasil. 


"Para mostrar que não é da forma que dizem que nós tratamos, de forma mentirosa falam que nós tacamos fogo em tudo. Nós não plantamos na Amazônia e criticam a derrubada (de árvores). Então, são críticas infundadas e tem objetivo comercial", defendeu. 


O Chefe do Executivo ainda voltou a criticar a hipocrisia dos países que exigem maior compromisso no combate aos crimes ambientais. "Pergunta na Europa o que é mata ciliar. Não tem um palmo de mata na margem dos rios. Ninguém tem um código rural como o nosso. Aqui o produtor rural é obrigado a preservar, na região da Amazônia, 80% da floresta", explicou Bolsonaro. 


"O que o mundo vê na Amazônia? A floresta? Se for a floresta, nós estamos prontos para fornecer mudas para eles reflorestarem seus países. E por que tanta crítica ao Brasil? É por causa do comércio, do agronegócio. Somos uma potência em exportação de commodities e eles querem que cada vez mais nós produzamos menos, para não prejudicar seus mercados lá fora", afirmou. 


Ele ainda voltou a defender a técnica não comprovada de combate as queimadas, de usar o gado como forma de evitar a propagação de incêndios. "Você vê o fogo no Pantanal. No passado, podia deixar o boi comer o capim na área preservada, hoje não. Então acumula uma massa vegetal morta muito grande, quando vem o fogo ele incendeia e o negócio vira uma barbaridade", disse. 


Para Bolsonaro, o que falta é compreensão da população, que não tem o conhecimento das coisas. "Passaram aí 30 anos com Paulo Freire, só aprendendo abobrinha, sabem nada, nem uma tabuada sabem, e querem dar palpite sobre economia", diagnosticou.

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