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Bolsonaro quer fundir reguladoras e agilizar concessões

Equipe de transição estuda reunir em uma mesma estrutura a ANTT, a Anac e a Antaq

06/12/2018 - 10h12

Agência Brasil

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

A estrutura de agências reguladoras do setor de transportes deve passar por uma alteração radical no futuro governo. Está em discussão no escritório de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro um plano de fundir as três estruturas hoje existentes no setor: a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a Anac (Agência Nacional de Aviação) e a Antag (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). 


Juntas, elas passariam a ser a Agência Nacional de Transportes. A medida pretende acabar com o que o novo governo vê como aparelhamento político das agências.


A maior parte desses órgãos surgiu no governo Fernando Henrique Cardoso, entre 1996 e 2001, com a função de intermediar a relação entre o governo e empresas que prestam serviços de interesse público. No entanto, ao longo dos anos, as indicações políticas acabaram tirando a independência das agências.


Na avaliação da equipe de transição, alguns dirigentes das agências ligadas ao setor de transportes, indicados por políticos, estariam trabalhando contra as concessões do governo federal, um programa que será prioritário no mandato do futuro presidente.


Caso a fusão das agências não prospere, existe um plano B para tirar os dirigentes que ainda têm mandatos a cumprir. Um dos caminhos para isso seria a abertura de processos administrativos contra eles, constrangendo-os a deixarem o posto antes mesmo da conclusão das apurações. Dentro da ANTT, a ideia é esvaziar o controle do comandante do PR, Valdemar Costa Neto, que foi condenado no esquema do mensalão.


Bolsonaro também quer afastar do comando da Antaq os indicados pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA). A agência é avaliada pela equipe de transição como "pouco operante".


O afastamento dos dirigentes e o aproveitamento do corpo técnico das agências são medidas estudadas para dar mais velocidade ao programa de concessões. Bolsonaro quer o programa "voando". 


Para isso, colocou no comando do Ministério da Infraestrutura (o nome novo do que hoje é o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil) o engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas, um dos principais responsáveis pelo programa de concessões. 


Tudo indica que o atual secretário Especial do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Adalberto Vasconcelos, também será mantido no posto.

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