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Com apoio do PSDB, Simone Tebet deve garantir presidência da CCJ do Senado

Algoz do senador alagoano Renan Calheiros (MDB-AL), ela será a primeira mulher a comandar o principal colegiado da Casa

09/02/2019 - 08h24

Campo Grande

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) (Foto: Divulgação)

A senadora Simone Tebet (MDB) garantiu que será dela a presidência da principal comissão do Senado, a de Constituição e Justiça. “Quem vai presidir a CCJ é uma sul-mato-grossense do MDB, que vai junto com o PSDB construir um novo País”, afirmou. A menção ao PSDB, segundo a senadora, refere-se ao acordo do partido em ceder a ela o comando da comissão.


“O MDB perdeu tudo, perdeu a presidência [do Senado], as principais comissões e a CCJ foi dada por direito regimental, inclusive, ao PSDB e só veio parar nas mãos do MDB num compromisso apalavrado com Tasso [Jereissati] e com toda a bancada do PSDB de que seria eu a indicada”, explicou Tebet.
Diante deste acordo, Simone declarou não ter como o MDB indicar outro nome.  “Não há alternativa. Se não for eu, o MDB corre o risco de ficar sem a CCJ”.


Ao lado de Tasso, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, na quinta-feira (7), Simone agradeceu a cedência da vaga. “Só tenho a agradecer ao senador Tasso e a toda a bancada do PSDB de ter cedido essa vaga para uma sul-mato-grossense”, disse ela.


O gesto do PSDB à Simone é em agradecimento ao enfrentamento dela contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), na disputa interna pela escolha do candidato à presidência do Senado. Assim como ela, os senadores do PSDB não queriam que Renan fosse eleito presidente da Casa.


Eles então, juntamente de outros partidos como o DEM, PSD e PSL, montaram estratégia para desestabilizar o alagoano, que, por fim, renunciou à disputa. “Ele já saiu derrotado, cambaleando da bancada do MDB e, quando foi a plenário, graças ao esforço do PSDB, do PSD do senador Nelsinho Trad e somando o PSL da senadora Soraya Thronicke, isso fez com que ele chegasse não como um ícone, mas como um senador comum”, disse Simone. 


“Foi aí [com o enfraquecimento dele] que as pessoas entenderam que não ia ter represália, porque é assim que ele [Renan] negocia o espaço na presidência”, emendou a senadora.


Com o desgaste de Renan e a conquista do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se tornou presidente da Casa, Simone destacou que agora o Senado cumprirá o papel de mudanças no Brasil.


“Foi o fim de uma era muito ruim e agora começa outra. As vozes das ruas foram ouvidas. O Senado saiu engrandecido e nós agora poderemos cumprir uma missão fundamental de resgatar a cidadania, o emprego e a aprovação de reformas estruturantes para o País”.


A sul-mato-grossense salientou que a classe política tem a oportunidade hoje de resgatar a confiança da população. “Nós queremos que a política seja respeitada como a arte de realizar sonho dos cidadãos. Diante de tanta renovação [a Câmara dos Deputados foi renovada em mais de 50%; o Senado, em 80%], as pessoas voltaram a acreditar e essa é a nossa última chance de devolver essa confiança com medidas importantes para o País”.


Em relação à sua continuidade ou não no MDB, a senadora declarou que ficará no partido este ano. “Pelo menos neste ano vou estar no MDB, ajudando o partido nas suas bases, nas executivas municipais, estaduais, renovando os nossos dirigentes, a nossa bancada, até porque, no dia quatro de setembro, teremos eleição e queremos gente nova, para que a gente volte a ser o MDB de Ulysses Guimarães”, afirmou. As informações são do Correio do Estado.

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