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Com bases reforçadas, PSDB mira principais redutos eleitorais em MS

Cúpula tucana monta um verdadeiro arsenal na tentativa de controlar maioria das prefeituras sul-mato-grossenses a partir de 2016

06/10/2015 - 15h10

Willams Araújo

Campo Grande 

Hashioka durante ato de filiação (Foto: Divulgação )

Com suas bases eleitorais reforçadas a partir de adesões importantes de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e um deputado federal, o PSDB mira as cidades estratégicas visando às eleições do ano que vem, em Mato Grosso do Sul.


A cúpula tucana está montando um verdadeiro arsenal de guerra na tentativa de controlar a maioria das prefeituras do Estado. A ideia é ultrapassar o maior rival, o PMDB do ex-governador André Puccinelli, que detém o maior número de prefeituras.


Em plena ascensão depois que conquistou o governo do Estado com a eleição de Reinaldo Azambuja em 2014, o partido deseja agora triunfar nas eleições municipais do ano que vem.


Principal articulador político do governo, o secretário Sérgio de Paula (Casa Civil) atesta que atualmente o PSDB conta com 16 prefeitos, quatro deputados estaduais e um deputado federal a partir da adesão de Elizeu Dionizio (ex-SD), ocorrida no último dia 2 (último dia de prazo de filiação), em ato na sede do diretório regional, na Capital.


Na mesma data, o comando regional do PSDB abonou a ficha de filiação do prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka, egresso do PMDB.


Embora já prevista, a saída  dele do PMDB está sendo vista por analistas como forte golpe nas pretensões políticas do ex-governador na região do Vale do Ivinhema.


“Tive o prazer de participar do Partido da Social Democracia em Nova Andradina em 1998 e 99 através da deputada federal Marisa Serrano e também do saudoso senador Lúdio Coelho. Organizamos o PSDB em Nova Andradina. E agora tenho a oportunidade de retornar aos quadros do PSDB. A gente vê claramente nesses primeiros nove meses do governo Reinaldo, a determinação de ações voltadas às pessoas”, disse Hashioka, ao assinar a ficha de filiação. 

Doutor Bandeira, candidato do PSDB em Amambai (Foto: Divulgação )

A revoada de prefeitos para o ninho tucano teve início em junho deste ano quando o PSDB ampliou o número de prefeitos, passando dos 11 eleitos para 13 com o anúncio das filiações de Cacildo Pereira (Santa Rita do Pardo) e Yuri Valeis (Sonora), oriundos do PRP e do PR.

Agora com 16 prefeitos, o partido começa a ganhar mais musculatura em torno do fortalecimento de suas bases eleitorais visando à campanha do ano que vem, em Campo Grande e no interior do Estado.

Na prática, os principais dirigentes da legenda se articulam para vencer as eleições em cidades estratégicas, incluindo a Capital, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Nova Andradina e Ponta Porã.


A vice-governadora Rose Modesto é uma das opções do PSDB para disputar na Capital, assim como o ex-deputado federal Marçal Filho à sucessão do prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB). Marçal também trocou o PMDB pelo ninho tucano.


Também descontente em seu grupo político, o ex-prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, foi outro que se abrigou no PSDB. Em Três Lagoas, o deputado estadual Ângelo Guerreiro (PSDB) é tido como franco favorito para ocupar a cadeira hoje ocupada pela peemedebista Márcia Moura.


O PSDB acolheu ainda o vice-prefeito de Amambai, médico Edinaldo Luiz Bandeira, popularmente chamado de Doutor Bandeira, pré-candidato tucano à sucessão do prefeito Sérgio Barbosa (PMDB).

Bandeira deixou recentemente do PTdoB para ingressar no PSDB à convite das lideranças locais, estaduais e inclusive do governador Reinaldo Azambuja, já com a pré disposição de disputar a Prefeitura no ano que vem.

Marquinhos (sentado) deve deixar PMDB (Foto: Divulgação )


JANELA PARTIDÁRIA


Além dessas filiações, os dirigentes tucanos trabalham ainda com a expectativa de novas adesões com a oficialização da chamada “janela partidária”, que terá de passar por duas votações no Senado depois de aprovada na Câmara.

A previsão é que a campanha do próximo ano envolva muitas negociações e deva ocorrer por um confronto direto entre PSDB e PMDB, que também já deu início as conversações em torno da indicação de seu representante no pleito.

Desgastado após a derrota para o governo em 2014, o PMDB ainda não tem uma definição sobre o seu candidato a prefeito na Capital e deve ficar sem o deputado estadual Marquinhos Trad que deseja disputar a Prefeitura por outro partido.


Apesar de toda a expectativa, ele não trocou de partido no último dia 2, preferindo aguardar a janela partidária para escolher um rumo.


O deputado federal Zeca do PT e o deputado estadual Pedro Kemp são hoje os nomes em destaques no PT. No entanto, ainda dependem de entendimentos dentro do partido em torno de um consenso.

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