A defesa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), do filho, André Puccinelli Júnior, e o do advogado João Paulo Calves, desistiu do habeas corpus que estava no STF (Supremo Tribunal). O pedido foi redistribuido no dia 7 de agosto e seria analisado pelo ministro Alexandre de Morais.
Na desistência, a defesa reclama da dificuldade que o ministro teria em superar a súmula 691 do STF.
Segundo o documento, "não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar".
O ex-governador e os outros 2 envolvidos estão presos desde o dia 20 de julho, eles são réus por lavagem e desvio de dinheiro e já tinham sido presos pela Polícia Fderal em 2017 na Operação Lama Asfáltica.
Eles conseguiram a liberação no dia seguinte. As prisões de julho foram determinadas, conforme a polícia, por conta de novas provas envolvendo a Ícone, empresa de cursos jurídicos de Puccinelli Júnior.
Puccinelli tornou-se réu pela segunda vez na Lama Asfáltica acusado de receber propina da JBS em troca de benefícios fiscais. O ex-governador de Mato Grosso do Sul e outras 11 pessoas são acusadas de recebimento de propina da JBS em troca da concessão de benefícios fiscais à empresa entre 2007 e 2015, período em que ele administrou o estado.
O ex-governador já teve 2 habeas corpus negado pela justiça. No dia 27 de julho, o vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Humberto Martins, recusou liminar referente ao caso.