O PSDB decidiu nesta quarta-feira (13) não apoiar nenhum candidato a presidente do Senado e liberou a bancada, formada por sete parlamentares, para votar como quiser.
A decisão foi tomada após uma reunião da legenda, na qual foi constatada uma divisão em relação aos nomes de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS).
O PSDB chegou a avaliar a reedição da aliança com o MDB, que lançou Simone Tebet. No entanto, segundo o vice-líder tucano, Izalci Lucas (DF), questões regionais dificultaram a aproximação.
"O PSDB resolveu liberar a bancada, em função das questões regionais e da insegurança dentro do próprio MDB", afirmou Izalci, que exerce temporariamente a liderança tucana no Senado.
Rodrigo Pacheco é apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e também conta com o apoio já anunciado de partidos como PT, PSD e PP.
Candidata do partido com a maior bancada do Senado, Simone Tebet conta com o apoio já anunciado do Podemos.
Possíveis votos do PSDB
O G1 apurou que, dos 7 senadores do PSDB, quatro devem apoiar Rodrigo Pacheco:
Roberto Rocha (MA)
Rodrigo Cunha (AL)
Plínio Valério (AM)
Izalci Lucas (DF)
Roberto Rocha tem boa relação com o presidente Jair Bolsonaro, que se aproximou de Pacheco em movimento articulado por Alcolumbre.
Rodrigo Cunha teria dificuldades de votar em candidato do partido, que, em Alagoas, é dominado por Renan Calheiros (MDB-AL) e Renan Filho, governador do estado. A questão se repete com Plínio Valério e Eduardo Braga (MDB-AM), no Amazonas. Braga é o líder do MDB no Senado.
Izalci tem divergências com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Por outro lado, devem apoiar Simone Tebet:
Tasso Jereissati (CE)
Mara Gabrilli (SP)
José Serra (SP)
Números
Os três senadores do Cidadania já se manifestaram favoravelmente à candidatura de Simone Tebet. O partido ainda não divulgou um posicionamento conjunto, o que deve ocorrer no próximo sábado (16).