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Em coletiva, MDB confirma candidatura mesmo com André atrás das grades

Partido e aliados estranham ordem de prisão na véspera da data que seria a convenção

20/07/2018 - 17h01

Campo Grande

Coletiva ocorreu na sede do partido em Campo Grande (Foto: Divulgação)

O MDB de Mato Grosso do Sul comunicou, nesta sexta-feira (20), que está mantida a pré-candidatura do presidente estadual da sigla ao governo do Estado, André Puccinelli, assim como as alianças, coligações e todo o planejamento relativo as eleições deste ano. Para dirigentes e lideres, não há qualquer cogitação de “plano B” para o pleito eleitoral deste ano.


As afirmações foram feitas durante coletiva de imprensa, realizada na tarde de hoje, na sede do MDB, em Campo Grande, convocada em função da decretação da prisão preventiva do ex-governador André Puccinelli.


O vice-presidente estadual do MDB no Estado, senador Moka, declarou que o decisão foi recebida com estranheza pelo partido e aliados, justamente na véspera da convenção estadual do MDB em Mato Grosso do Sul, marcada inicialmente para o dia 21 de julho e adiada para 4 de agosto, na Associação Nipo-brasileira, das 8h as 12h.


“Estranhamente, no ano passado, aconteceu o mesmo na véspera do lançamento da pré-candidatura do Dr. André e anúncio de que ele seria o novo presidente estadual do partido”, completou Moka.


De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi, as providencias cabíveis já estão sendo tomadas. Um pedido de habeas corpus será apresentado ao TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, sediado em São Paulo. “Convenção e candidatura serão mantidas. Aqui só tem plano ‘A’ de André”, emendou o parlamentar.


Participaram da coletiva os dirigentes do MDB presentes em Campo Grande, como senador Moka, o presidente da Assembleia Legislativa e deputado estadual Junior Mochi, os deputados estaduais Paulo Siufi, George Takimoto, Eduardo Rocha, Marcio Fernandes e a deputada Antonieta Amorim, além do prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa, e o vice-prefeito de Sidrolândia, Wellison Muchiutti Hernandes (Aamarelo) e aliados representantes do PHS, PMN, PEN, PSDC, PRTB, PR, PTC, PRP e Avante, todos reafirmando a manutenção da pré-candidatura.


PRISÃO 


Antes de ser preso pela Polícia Federal, André tocava normalmente à sua pré-candidatura pelo interior do Estado, apresentando suas propostas para o confronto diante de principais adversários como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT). 


O ex-governador, o filho dele, o advogado André Puccinelli Júnior, e o também advogado João Paulo Calves voltaram a ser presos pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (20), em Campo Grande.

Os três são réus por lavagem e desvio de dinheiro e já tinham sido presos pela PF em 2017 na Operação Lama Asfáltica. 


Eles conseguiram a liberação no dia seguinte. As prisões desta sexta foram determinadas, conforme a polícia, por conta de novas provas envolvendo a Ícone, empresa de cursos jurídicos de Puccinelli Júnior.


O advogado de André Puccinelli, René Siufi, considera a prisão "estranha" porque foi feita às "vésperas da convenção do MDB", e na opinião dele, não há nada de novo na investigação que justifique as prisões.

Siufi disse ainda que analisa a documentação sobre a prisão, que segundo ele, são 132 laudas. Ele estuda quais medidas a defesa irá adotar.


Os mandados foram deferidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande a pedido do Ministério Público Federal, com base em uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em maio de 2018, que determinou a prisão de outros oito réus do mesmo caso.


De acordo com a PF, entre as novas provas contra os réus estão repasses da JBS à Ícone. Segundo delator, a JBS pagou R$ 1,2 milhão à empresa de Puccinelli Júnior. A polícia também juntou ao processo análises de materiais apreendidos no Instituto Ícone.


Segundo informações do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Mansour Karmouche, a Ordem acompanha as prisões dos advogados e Puccinelli Júnior abriu mão das prerrogativas da profissão dele para ficar junto ao pai.


Ainda conforme Mansour Karmouche, a OAB/MS acompanha a situação. "É lamentável, mas a gente não pode intervir nas negociações", diz.

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