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Governo entrega projeto do PDV para apreciação dos deputados

O projeto foi entregue pelo secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, ao presidente da AL, Paulo Corrêa (PSDB)

19/03/2019 - 13h14

Campo Grande 

Governo entrega projeto do PDV para apreciação dos deputados (Foto: Chico Ribeiro)

O projeto de lei que institui em Mato Grosso do Sul o PDV (Programa de Desligamento Voluntário) para servidores públicos estaduais foi entregue nesta terça-feira (19) à Assembleia Legislativa.


Acompanhado da mensagem do governador Reinaldo Azambuja, o documento foi repassado pelo secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e deve ser apreciado pelos deputados nos próximos dias.


Riedel se reuniu com os parlamentares para explicar as condições e vantagens do programa. A procuradora-geral do Estado, Fabíola Marchetti, o secretário de Estado de Administração, Roberto Hashioka, e o secretário especial Sérgio de Paula também estiveram presentes.


Confira abaixo, na íntegra, a entrevista coletiva do secretário Eduardo Riedel após a entrega do projeto de lei do PDV do Governo do Estado.


A vantagem pecuniária é 30% do valor do salário recebido pelo servidor durante o tempo de serviço que ele se dedicou ao Estado. Isso será recebido em parcelas que vão acompanhar o tempo proporcional de serviço; e também a continuidade do recolhimento patronal do Estado em relação à saúde, à Cassems, num prazo de 12 meses.


Exemplo na prática?


Cada realidade é uma. São 47 categorias, são 53 mil servidores. Se um servidor ganha x, ele vai receber x mais 30% e, dependendo do número de anos que ele se dedicou ao serviço público, ele vai receber em parcelas aquele montante ao longo desse tempo, em meses.


Quantos servidores podem aderir?


É muito difícil você quantificar isso, pois estamos mudando o regime de horário e não sabemos ainda quando servidores vão se sensibilizar com isso, ou optar por deixar o serviço público. Então, é muito difícil você quantificar quantos irão aderir. Mas as condições foram postas, foram discutidas com os sindicatos dos servidores. 


A SAD (Secretaria de Administração), junto com o secretário Roberto Hashioka, fez uma série de rodadas de negociação com os servidores, absorveu algumas sugestões – inclusive o prazo de primeiro de julho para o retorno da jornada legal de trabalho foi discutido com as categorias. Então é muito difícil a gente prever quantos irão aderir. Mas está posta uma situação de que se o servidor quiser deixar o serviço público ele terá essa janela.


O Estado terá caixa para pagar essas verbas rescisórias?


Tem caixa porque serão parceladas. O Banco do Brasil, que é o banco oficial do Estado, já sinalizou que pode antecipar esses recebimentos ao servidor, caso ele queira. Então, se imaginar que teremos o parcelamento disso, nós temos condições de garantir que o servidor que vá sair receba aquilo que está proposto no plano.


O PDV foi criado para as pessoas que não querem cumprir 8 horas no serviço público?


É um dos objetivos do PDV. A jornada é uma determinação do Governo, um instrumento jurídico através de um decreto. O PDV tem que ser uma lei. Eles não são concomitantes, mas têm uma conexão. A partir do momento que o Governo entende em reposicionar a jornada de trabalho para 8 horas, ele está gerando através do PDV uma alternativa. Às vezes, a motivação do servidor não será a jornada. Será outra. Cada um terá a sua motivação. Como é voluntário, ele (servidor) terá a opção de tomar a decisão. Mas nós estamos criando essa alternativa para ter justiça, no nosso entendimento, em relação a opção do servidor.


Vai ter prazo para aderir ao PDV?


Sim. Será regulamentado pela SAD. Abre-se um prazo, já tem um previsto em lei, que será discutido pela Assembleia, para que o Governo analise e dê o deferimento ou indeferimento, dependendo regramento que será estipulado para cada uma das categorias.


Então o servidor pede o PDV e o Governo analisa caso a caso?


Isso. Analisa em função do regramento posto para categoria de cada servidor.


Quanto o Governo terá de economia com o PDV?


O objetivo nosso é regularizar uma situação que ao longo do tempo foi criando uma cultura ao serviço público estadual, e que nós entendemos que nós temos que reposicionar. Nós temos que ter nossas instituições públicas de serviço de atendimento disponível à sociedade, ao público, as oito horas do dia. Esse é um dos nossos objetivos. Óbvio que estamos caminhando em paralelo todo um processo de modernização do Estado. A digitalização, acesso pela internet, serviços online, tudo faz parte de um reposicionamento que o Estado tem que fazer. Temos que avançar para prestar um melhor serviço à população.


O que muda na prestação de serviço para o contribuinte?


A gente tem que buscar o melhor serviço. Nós estamos preocupados em atender bem a sociedade. E o PDV gera uma alternativa para o servidor que não se adequa a essa condição.

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