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Indecisão no MDB expõe fragilidade ao nome de Simone como candidata

A mudança radical da postura da senadora sul-mato-grossense foi notada dias atrás após ela deixar a presidência da CCJ

17/09/2021 - 09h02

Campo Grande

Senadora Simone Tebet (MDB-MS) (Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Willams Araújo


A indecisão interna na cúpula nacional do MDB acaba de certa forma expondo a fragilidade ao nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) como candidata à Presidência da República nas eleições de 2022.


Nem mesmo a senadora, que tem usado os holofotes da imprensa para disparar ataques radicais contra o governo Jair Bolsonaro, tem certeza da candidatura própria do seu partido e de sua participação no pleito como alternativa à polarização entre o presidente e o ex-presidente Lula.


A mudança radical da postura da senadora sul-mato-grossense foi notada dias atrás após ela deixar a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, quando usava um tom mais moderado em relação as atitudes de Bolsonaro e de ministros do governo.  


Essa incerteza foi demonstrada esta semana durante entrevista de página inteira da senadora ao jornal Correio Braziliense.


Questionada se vai se apresentar para a Presidência ou vai ser candidata à reeleição por Mato Grosso do Sul, Simone foi cautelosa ao dizer que preferia primeiro esperar a decisão do seu grupo político.


Ainda assim, Simone prevê que essa indefinição seja resolvida num prazo de três semanas, quando a cúpula partidária deve se reunir para tomar um rumo com vistas as eleições presidenciais.


“O homem público, a mulher pública, não pode escolher suas missões. Elas não são escolhidas, têm que ser cumpridas. Ainda não conversei com o MDB. Já fui sondada, sim, por alguns líderes do partido. Entendo, primeiro, que é óbvio que a Executiva precisa se manifestar. Sempre disse que a gente só tem que tratar de eleição faltando um ano para ela, e já estamos quase nesse prazo. Estaremos conversando até o final de setembro sobre essas duas possibilidades — primeiro, se o MDB vai apresentar uma candidatura como terceira via, e se serei eu essa candidata. Acredito que em, no máximo em três semanas, teremos essa resposta”, respondeu.


Ela também não falou se, em caso de sua candidatura ao Palácio do Planalto não prosperar, concorrerá à reeleição em Mato Grosso do Sul ou tentar outro cargo eletivo, como governo do Estado ou Câmara dos Deputados. 


Em toda a entrevista, a reportagem se dedicou mais em questionar a senadora sobre o andamento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da pandemia e a possibilidade de impeachment do presidente Bolsonaro. 


TEMER


Particularmente, o ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) disse no último dia 14, em entrevista ao mesmo jornal, não ter a certeza da indicação do nome de Simone para disputar a Presidência da República.


Perguntado sobre uma possível candidatura do MDB ao Palácio do Planalto, Temer disse não acreditar nessa possibilidade — embora tenha elogiado a competência, a capacidade de trabalho e de articulação da política sul-mato-grossense.


“Tem uma bela pré-candidata, mas não sei se o partido vai com essa posição até o final. O que acontecer pela frente vai determinar a conduta do MDB e dos demais partidos”, observou, o ex-presidente da República.

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