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Justiça Eleitoral registra 92 candidatos a prefeito e 2.554 a vereador em MS

Em Campo Grande, disputam a prefeitura 15 candidatos, número considerado recorde considerando o interesse da classe política nos pleitos anteriores.

16/08/2016 - 09h52

Willams Araújo

Campo Grande 

Engenheiro Cleiton é um dos candidatos novatos à Câmara (Foto: Divulgação )

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul registrou até agora 92 candidatos a prefeito e 2.554 a vereador nas eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul. 


Pelo menos até agora, o sistema “DivulgaCandContas” disponibilizou no portal do TRE-MS 91 candidaturas a vice-prefeito no Estado.


Em Campo Grande, disputam a prefeitura 15 candidatos, número considerado recorde considerando o interesse da classe política nos pleitos anteriores.


A campanha política começa oficialmente para valer nesta terça-feira (16) e terá a metade do tempo do que as anteriores, conforme estabelecido pelo calendário eleitoral que trouxe uma série de mudanças baseado na reforma eleitoral feita em 2015 (Lei nº 13.165/2015).


Uma das mudanças mais importantes é a diminuição da campanha pela metade do tempo, passando de 90 para 45 dias.


O início do pleito permite aos candidatos a realização de comícios, propaganda eleitoral na internet (sem conteúdo pago) e distribuição de material gráfico.


Entre os candidatos mais populares estão o prefeito Alcides Bernal (PP), a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) e o vereador Alex do PT.


Em uma disputa considerada atípica e uma campanha “meteórica”, já que o tempo de duração encurtou de 90 para 45 dias com as mudanças das regras eleitorais, até políticos tradicionais e vistos como favoritos, desistiram diante do cenário desfavorável.


Sãos os casos de dois partidos gigantes da política sul-mato-grossense -- PT e PMDB -- que reinaram no governo do Estado durante 16 anos, antecedendo a atual administração de Reinaldo Azambuja (PSDB).


O ex-governador e hoje deputado federal Zeca do PT, por exemplo, planejava disputar as eleições de outubro, mas admitiu ter recuado após a prisão do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT), cassado sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, da Política Federal.


Depois de ensaiar candidatura, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) anunciou esta semana apoio ao irmão Marquinhos Trad. Há dias, ele teve seus bens penhorados pela Justiça, mas recorreu e garantiu o desbloqueio.


Embora não tenha sido denunciado, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) desistiu de candidatar-se depois do envolvimento de ex-assessores e empresários em denuncias de desvio de dinheiro público como parte da Operação Lama Asfáltica, que levou a prisão o ex-deputado federal Edson Giroto (PR) e o empreiteiro  João Amorim.


GASTOS


Os candidatos à sucessão municipal vão poder gastar até R$ 6.679.971,85 no primeiro turno das eleições municipais de outubro, segundo o limite de gastos definido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A capital é a única cidade de Mato Grosso do Sul onde poderá ter segundo turno. As despesas deverão se limitar a R$ 2.003.991,56.


Além da capital sul-mato-grossense, apenas três municípios do estado poderão ter campanhas eleitorais milionárias: Costa Rica (R$ 1.047.509,97), Dourados (R$ 1.277.016,95) e Paranaíba (R$ 1.274.717,83).

No estado, 24 cidades terão campanha com valor mínimo de R$ 108.039,06, conforme definido pelo TSE: Angélica, Bodoquena; Caarapó, Corguinho, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Inocência, Jaraguari, Jateí, Juti, Nioaque, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas, Paranhos, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Sete Quedas, Taquarussu, Terenos e Vicentina.


O limite de gasto dos cargos do Poder Legislativo é 10% do valor definido para Poder Executivo. Os candidatos a vereador de Campo Grande vão poder gastar até R$ 643.105,41. O menor valor é de R$ 10.803,90.


CÂMARAS


Com uma legislatura considerada turbulenta devido ao envolvimento de vereadores na Operação Coffee Break, que investiga a cassação de Bernal, a Câmara da Capital despertou o interesse de candidatos muitos novatos, ou seja, aqueles que disputam o cargo pela primeira vez, incluindo servidores públicos e profissionais liberais.


Entre vários casos, decidiu participar das eleições o engenheiro Cleiton Freitas Franco, que registrou candidatura pelo PMN na chapa encabeçada por Marquinhos Trad.


Ele é um dos 43 candidatos do PMN que lançou chapa pura à Câmara de Vereadores da Capital, embora na majoritária seu partido integre a coligação liderada pelo deputado estadual, que no total registrou 219 postulantes ao cargo.


Apesar da turbulência, dos 29 vereadores da atual legislatura de Campo Grande, 25 tentarão se reeleger este ano.

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