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Kajuru ataca Doria e não vê "erro grave" de Bolsonaro

Para ele, o futebol não deve ser paralisado, afinal, existe um protocolo seguro aos atletas.

10/04/2021 - 16h15

De Brasília 

Senador Jorge Kajuru (Foto: Divulgação)

O jornalista Jorge Kajuru é figura conhecida do universo esportivo. Mesmo que esteja atualmente como senador pelo Estado de Goiás, o ex-apresentador de diversos programas esportivos, aos 60 anos, comentou ao LANCE! sua visão sobre o papel do esporte na pandemia. Para ele, o futebol não deve ser paralisado, afinal, existe um protocolo seguro aos atletas.


Kajuru abriu o jogo. Sempre sincero, o jornalista avalia que existe uma "culpa de todos" quando se fala na pandemia, cabendo também aos atletas respeitarem mais os protocolos sanitários quando estão fora de campo. Segundo o político, o Brasileirão ou a Copa Libertadores não causou novos casos de covid, mas sim, a falta de disciplina de pessoas envolvidas com o esporte.


"Para mim, os campeonatos podem seguir como vinham seguindo normalmente, com aquele respeito. Isso para mim não traz nenhum prejuízo, como não trouxe no ano passado. Libertadores, Copa do Brasil,... Aquilo provocou pandemia?", comentou ele.


Além disso, o senador também avaliou o cenário político brasileiro. Eleito em 2014 como um dos deputados com mais votos em Goiás, ele já convive há bons mandatos como representante do povo. Para ele, existem prioridades que o Governo Federal deve se pautar na pandemia, apenas um erro de Jair Bolsonaro durante a paralisação do futebol o incomodou e opiniou sobre o espaço do esporte no Poder Legislativo.


Kajuru ainda ponderou que medidas monetárias precisam ser tomadas para ajudar o povo brasileiro. Na visão do jornalista, o governo federal tem missões primárias para que, futuramente, o esporte volte a ter o mesmo espaço social de aglomerações e vibrações nos estádios e arenas. O político fez duras críticas ao atual governo.


"No início, houve um erro grave, porque o governo não soube enfrentar a pandemia. Até os bolsonaristas reconhecem que ele errou e que o presidente não soube enfrentar a pandemia. Fomos ficando desse jeito. Agora, a pandemia precisa de uma solução imediata, que primeiro seria a vacinação. Em segundo plano, o auxílio emergencial. Não há outra saída. Um governo que pensa todos os dias na reeleição, em 2022, não pode deixar a população desse jeito".


Casos da doença foram registrados no futebol


"Primeiro, a minha revolta com o inútil João Dória (governador de São Paulo) de tirar o futebol paulista de São Paulo e ir para outros Estados (em março). Ele, então, diz assim: "Dane-se os outros Estados. Eu só não quero problema aqui em SP". Empurra e f... o outro. É a demonstração de um ser desumano".

"Para mim, os campeonatos podem seguir como vinham seguindo normalmente, com aquele respeito. Isso para mim não traz nenhum prejuízo, como não trouxe no ano passado. Libertadores, Copa do Brasil,... Aquilo provocou pandemia? Provocou mortes? Não provocou", disse ele.


Segundo um levantamento do ge.globo, cerca de 300 funcionários de clubes - entre atletas e outros profissionais - se contaminaram com covid-19 durante o Brasileirão. Kajuru não acredita que a manutenção dos campeonatos e seus devidos protocolos sejam um risco para os atletas. Para ele, o erro está na vida particular dos jogadores.


"Essa é a realidade, que é totalmente diferente. Querer culpar quem (está trabalhando?)... Houve uma realidade onde muitos participaram e você culpar a disputa do Campeonato Brasileiro por isso? Os jogos? Não, são pessoas envolvidas despreparadas. Como foi o caso do Gabigol em um cassino. Quer dizer, você está louco? É sem noção. Você não sabe o que representa esse mal que veio ao mundo. Na culpa de cada um, também aparecem os dirigentes do futebol, pela frieza e arrogância deles".


Kajuru e Bolsonaro


O jornalista revelou qual a sua proximidade com o presidente da República Jair Bolsonaro. Eleito como um apoiador do político, Kajuru diz que tem conversas íntimas com o principal representante brasileiro inclusive sobre futebol, e teria orientado Jair em uma medida tomada em 2020.


"A gente tem conversas respeitosas. Ele tem mais conversas com o Datena e, como o Datena é meu irmão, acaba tendo comigo também. São conversas respeitosas. Em nenhum momento eu vi erro grave cometido por Bolsonaro. Só naquela época que ele queria a volta das torcidas nos estádios. Falei com ele e com o Datena que o presidente está louco, pirado. Como que enche um Maracanã? Não tinha lógica. Ele baixou a bola e parou. A vantagem do Bolsonaro é que você conversa com ele, mostra suas posições e ao menos ouve".


Espaço do esporte na política


"Não tem espaço para o esporte na política. É uma tristeza, não tem. Não há preocupação. Coloco como exceção as pessoas vindas do esporte, como a Leila, do vôlei, na Câmara e deve ter mais. A maioria absoluta não tem nenhuma noção do que representa o esporte nesse momento do Brasil, tanto para o bem como para o mal. Tem o lado do bem também do esporte na pandemia. É muito decepcionante a falta de preocupação e consciência do Congresso Nacional".


Mudança do nome do Maracanã


"Era uma bobagem essa mudança. É um momento totalmente desprezível. O Mário Filho tem uma história, não é um jornalista qualquer. Ele tem uma história com o Maracanã. Como você tira o nome agora? Já tem no Brasil o Estádio Rei Pelé. Não precisa ter outro. O parlamentar que está jogando desse lado, está jogando de forma falsa. No meio da pandemia, você pensar em mudar o nome do Maracanã... É uma falta de sensibilidade enorme".

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