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Marquinhos tenta blindar esquema de Nelsinho em torno de vaga no Senado

Ex-prefeito de Campo Grande reúne-se com dirigentes de partidos e revela planos de ser senador

19/02/2017 - 19h27

Willams Araújo

Marquinhos esconde planos de Nelsinho em torno de vaga no Senado (Foto: Divulgação )

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), evita antecipar esquema político de bastidores cujo interesse é eleger o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), de quem é irmão, para uma das vagas do Senado em 2018.


Em entrevista no fim de semana na Capital, o prefeito negou movimentação política nesse sentido e garantiu que não irá participar de nenhuma articulação com esse objetivo.


Especulações apontam uma eventual candidatura do petebista atrelado ao ex-governador e deputado federal Zeca do PT.


No próximo ano, serão disputadas as cadeiras pertencentes aos senadores Waldemir Moka (PMDB) e Pedro Chaves (PSC-MS), que encerram seus mandatos. A outra, ocupada por Simone Tebet (PMDB-MS), só termina em 2022.


“Eu sou eu e o meu irmão é meu irmão”, despistou o prefeito, usando o mesmo tom de quando era abordado por repórteres e até durante o programa eleitoral de rádio e televisão na campanha vitoriosa rumo ao Paço Municipal.


No entanto, Nelsinho é candidato ao Senado, cujo projeto foi revelado na semana passada durante reunião com o presidente regional do PMN, Máximo Brasil.


No encontro, o ex-prefeito elogiou a atuação do empresário como um dos coordenadores voluntários da campanha de Marquinhos a prefeito, ano passado, e disse ter o desejo de contar com o mesmo apoio em sua caminhada rumo ao Senado.


Empreiteiro bem sucedido, cujo maior cliente é o Banco Bradesco para o qual constrói obras em Mato Grosso do Sul e outros estados da federação, Máximo Brasil também foi um dos apoiadores da campanha do então deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) à prefeitura da Capital. Mais tarde, rompeu suas relações políticas com o tucano.


Ex-candidato a vereador em Campo Grande a deputado estadual, Máximo Brasil costuma doar voluntariamente sua estrutura, como caminhão palanque e estúdio de rádio, a candidatos da coligação da qual o PMN está apoiando.


MOKA e ZECA


Outro que também está sendo cogitado para concorrer a reeleição na mesma chapa de Zeca do PT, de quem é primo, embora adversários políticos, é Moka.


Em recente entrevista em Campo Grande, ao participar de evento na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Moka admitiu essa dobradinha com o petista.


“Eu não sei qual a decisão do Zeca. Agora, ao contrário do que as pessoas percebem, nós temos uma disputa que sempre foi uma disputa partidária e eu até diria ideológica, mas tem vários lugares que nós atuamos juntos”, colocou, em entrevista recente no saguão da entidade logo após deixar a reunião com secretários municipais de educação.


Moka disse inclusive que tem parceria com o adversário em alguns projetos voltados a assentamentos rurais e a agricultura familiar, além de municípios em que atuam em conjunto.


“Tem municípios na fronteira que eu atendo, ele atende. Eu, da minha parte, não vou dizer que tem uma parceria com o Zeca, mas, evidentemente, pode ser que haja em algum momento essa possibilidade de algum prefeito ou um grupo de pessoas resolverem. São dois votos, apoio ao Zeca e a mim. Eu não tenho nenhuma dificuldade, respeito aqueles que têm uma posição diferente, divergente da minha”, admitiu o senador, ligado ao ex-governador André Puccinelli (PMDB), adversário ferrenho de seu antecessor.

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