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Nelsinho manda fazer pesquisa de intenções de voto e vê Bernal na sua cola

Fontes petebistas acreditam que atual prefeito irá se apresentar como vítima em sua campanha rumo à reeleição 

03/02/2016 - 16h27

Willams Araújo e Gilmar Lisboa 

Bernal e Nelsinho estariam empatados tecnicamente (Foto: Divulgação )

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB), encomendou pesquisa de intenções de voto (para consumo interno) a fim de medir a sua densidade eleitoral, assim como a de seus eventuais adversários políticos na disputa pela prefeitura em outubro deste ano. No entanto, o petebista só não esperava ver em sua cola, empatado tecnicamente, o atual prefeito Alcides Bernal (PP), em pré-campanha à reeleição.


“Temos visto todas as pesquisas, quando o Nelsinho aparece com 41%, o Bernal tem 39%, acho que vai ser uma eleição difícil porque o atual prefeito deve se apresentar como vítima”, confidenciou um correligionário do ex-prefeito, referindo-se a manobra que culminou com a cassação do progressista.


Cassado pela Câmara de Vereadores em 12 de março de 2014, Bernal foi reconduzido ao cargo em agosto do ano passado por decisão judicial, que mais tarde reconheceu uma manobra, por meio de compra de votos, arquitetada por seus adversários, entre os quais, o vice-prefeito Gilmar Olarte (PP), de quem é desafeto político.


Há dias, a imprensa da capital repercutiu a possível reaproximação de Nelsinho com o ex-governador André Puccinelli (PMDB) visando uma aliança com vistas às eleições na Capital. No entanto, o líder peemedebista negou que tenha feito qualquer compromisso de apoio ao ex-companheiro de partido.


Além de negar a possibilidade de aliança, o ex-governador garantiu que o PMDB terá candidato próprio à sucessão de Bernal. Por enquanto, figura como principal opção nos quadros do partido o nome do deputado federal Carlos Marun.


ALIANÇA NO 2º TURNO


Na prática, a cúpula do PMDB em Mato Grosso do Sul aposta na pulverização de candidaturas como forma de dividir os votos do eleitorado de Campo Grande e, com isso, sair favorecido nas eleições municipais deste ano. Apesar disso, os principais líderes do partido não descartam apoio a Nelsinho Trad em eventual segundo turno.


Fragilizado após sucessivas derrotas à prefeitura da Capital e ao governo do Estado em 2014, o PMDB tenta retornar ao poder no maior reduto eleitoral, onde manteve uma hegemonia de mais de duas décadas.


Embora deva lançar candidato próprio à prefeitura da Capital, o PMDB deverá apoiar uma virtual candidatura do ex-prefeito, hoje presidente regional do PTB, caso esse vá para o segundo turno e tenha uma melhor performance do candidato peemedebista no primeiro turno.


A afirmação é do senador Waldemir Moka (PMDB) e vem reforçar a posição de André Puccinelli, que também se mostra propenso a apoiar Nelsinho Trad, desde que esse ultrapasse o candidato peemedebista e passe para o segundo turno com um candidato da oposição.


Em entrevista recente na Capital, Moka falou que, pela importância e “grandeza” do PMDB, a legenda lançará um nome para a disputa da sucessão de Bernal. Mas que, numa eventual boa performance de Nelsinho Trad no pleito e no caso de ele passar para o segundo turno, é grande a possibilidade de o PMDB participar de uma grande aliança para apoiar o petebista, aliado de grande data dos peemedebistas.


Moka disse que o PMDB tem bons nomes para a disputa da prefeitura da Capital, mas o ex-prefeito certamente terá o apoio dos peemedebistas, caso ele desponte com maiores chances de vencer Bernal nas urnas.


O senador, que participou no último dia 27 de um evento no diretório do PMDB da Capital, assinalou que Nelsinho Trad tem capacidade de agregar, dentro e fora do PMDB, e é um político dinâmico e de bom trânsito com as principais lideranças do PMDB, em especial.


Para o peemedebista, uma aliança de Trad com o grupo político de André Puccinelli tornaria o petebista com grandes e reais chances de voltar a comandar a Capital.


Na prática, a estratégia dos peemedebista é trabalhar forte visando impedir a ascensão do PSDB do governador Reinaldo Azambuja na Capital, já que os tucanos também sinalizam apoiar a candidatura de Nelsinho Trad.


Na segunda-feira da semana passada, o diretório regional do PSDB se reuniu para encaminhar as discussões em torno desse e de outros temas. Por enquanto, o nome da vice-governadora Rose Modesto é visto como a principal arma do partido, mas o grupo tem outras cartas na manga, até agora mantida em segredo.


De retorno ao ninho dos tucanos, o deputado estadual Beto Pereira, egresso do PDT, tem interesse na disputa e já manifestou isso em seu antigo partido.

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