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Polícia indicia Bandeira de Mello e outras 7 pessoas por mortes no CT do Flamengo

Ex-dirigente vai responder por homicídio doloso pelas mortes de 10 atletas no incêndio no Ninho do Urubu em fevereiro deste ano

11/06/2019 - 15h52

Globo Esporte

Vista da fachada do Ninho do Urubu (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio doloso Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, e outras sete pessoas pelas mortes de dez atletas no incêndio no Ninho do Urubu, CT do clube, no dia 8 de fevereiro deste ano.


O inquérito, assinado pelo delegado Márcio Petra, também pede o indiciamento por dolo eventual de engenheiros do Flamengo e da empresa NHJ, responsável pelos contêineres, além de um técnico de refrigeração. Outros três atletas ficaram feridos na ocasião.


Bandeira foi pego de surpresa com a informação. O Flamengo diz que ainda não foi notificado e só vai se posicionar após tomar conhecimento do relatório.


Os indiciados:


Danilo da Silva Duarte, engenheiro da NHJ;

Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração;

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo;

Fábio Hilário da Silva, engenheiro da NHJ;

Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo;

Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo;

Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo;

Weslley Gimenes, engenheiro da NHJ.

Na investigação, a polícia observou as seguintes questões:


Conhecimento de que diversos atletas da base residiam no contêiner;Estrutura incompatível com a destinação (dormitório);

Contêiner com diversas irregularidades estruturais e elétricas;Ausência de reparos dos aparelhos de ar condicionado instalados no contêiner;

Ausência de monitor no interior do contêiner;

Recusa de assinatura do TAC proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação precária dos atletas da base do Flamengo;

Piora das condições do alojamento dos jogadores da base, inclusive, no que se refere a segurança contra incêndio, assinalada nos autos da Ação Civil movida pelo MPRJ;

Descumprimento da Ordem de Interdição do CT editada pelo Poder Público Municipal por falta do alvará de funcionamento e do certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros;

Múltiplas multas impostas pelo Poder Público Municipal diante do descumprimento da Ordem de Interdição;

Causa entre o cenário exposto e o incêndio.
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