A Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou nesta terça-feira 21) habeas corpus ao ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso desde outubro do ano passado em Curitiba.
O pedido de liberdade foi feito pela defesa de Cunha no processo da Operação Lava Jato em que ele é réu acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Na ação, ele é suspeito de ter recebido pelo menos US$ 1,5 milhão em contas na Suíça para que facilitasse a compra de um campo de petróleo pela Petrobras, em Benin, na África.
Os ministros do STJ consideraram que os indícios de crime imputados a Cunha justificam que o peemedebista permaneça preso.
O relator do processo, ministro Felix Fischer, opinou pela manutenção da prisão e argumentou que, enquanto o dinheiro supostamente desviado não for completamente rastreado, há risco de que os recursos sejam "dissipados", o que inviabilizaria a recuperação do dinheiro.
O voto de Fischer foi seguido por todos os outros quatro ministros da Quinta Turma.