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Reforma da Previdência dificultará aposentadoria para 62%, diz pesquisa

A maioria dos entrevistas também teme a perda de direitos com as futuras alterações

23/08/2016 - 18h11

Estadão Conteúdo 

Reforma da previdência (Foto: Ilustração)

Pesquisa feita pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e pelo instituto Ipsos mostra que 62% dos entrevistados acreditam que possíveis mudanças na previdência social devem dificultar o pedido de aposentadoria no Brasil. 


A maioria dos entrevistas também teme a perda de direitos com as futuras alterações. Para 57% deles, a reforma da previdência pública deve diminuir seus direitos.


"A pesquisa mostra que há uma contradição no que as pessoas querem, no que acham que é certo e sua expectativa pessoal", avaliou o Presidente da FenaPrevi, Edson Franco, em coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira, 23.


A parcela de entrevistados pela Fenaprevi/Ipsos que desconhece a reforma da previdência social também é elevada. Cerca de 44% dos entrevistados informaram não ter conhecimento da discussão das reformas em curso. No entanto, 54% afirmaram ter ouvido falar das propostas de ajustes nas regras da aposentadoria e 2% não souberam responder.


Dos que têm conhecimento da mudança, 45% estão cientes de que há discussões em torno do aumento da idade da aposentadoria e 17% sobre o aumento das contribuições. No entanto, a parcela de entrevistados que ouviu falar dos dois temas cai para 7%.


"É surpreendente não ter ouvido falar da reforma com o nível de informação divulgado. O nível de desinformação da população precisa ser levado em conta pelo governo e setor privado", avaliou Franco, ressaltando a necessidade de se estabelecer um nível básico de conhecimento para depois debater mudanças nas regras da aposentadoria pública.


A pesquisa revela que a maior parte da população brasileira sabe pouco ou não tem informação do sistema público de aposentadoria. Somente 11% dos entrevistados afirmaram saber muito ou o suficiente do tema, enquanto 86% sabem pouco, nada ou desconhecem completamente o assunto. Segundo a Fenaprevi, neste ponto, 3% não souberam responder.


O presidente da Fenaprevi chamou ainda atenção para a idade média com que se aposenta o brasileiro, de 54 anos. "É extremamente baixa comparada com qualquer métrica internacional. A grande maioria dos países já convergiu a idade média de aposentadoria para 65 anos e, neste momento, se discute o aumento para 67 anos", destacou Franco.


O levantamento mostrou que a maior parte dos brasileiros consultados (42%) acredita que os homens deveriam se aposentar aos 60 anos e somente 15% apontaram os 65 anos como a idade ideal para aposentadoria masculina. No caso das mulheres, 58% disseram que este grupo deveria se aposentar com 55 anos e outros 22% indicaram os 60 anos como idade ideal.


A pesquisa feita pela Fenaprevi/Ipsos ouviu 1.500 pessoas com mais de 23 anos, de todas as classes sociais, em todo o Brasil, entre os dias 21 de julho e 4 de agosto. O levantamento foi apresentado no VIII Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, que tem como tema central o Desafio da Previdência Social no Brasil e é organizado pela FenaPrevi.

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