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René Siufi estuda quais medidas a defesa irá adotar para tentar soltar André

Ex-governador voltou a ser preso ontem de manhã como parte de mais uma fase da Operação Lama Asfáltica

21/07/2018 - 09h58

Campo Grande

Ex-governador André Puccinelli e filho, sendo transportando em veículo da PF (Foto: Gustavo Arakaki/TV Morena)

O advogado do ex-governador André Puccinelli (MDB), René Siufi, disse que analisa a documentação sobre a prisão, que segundo ele, são 132 laudas. Ele estuda quais medidas a defesa irá adotar.


Pré-candidato do MDB ao governo de Mato Grosso do Sul, ex-governador voltou a ser preso ontem de manhã como parte de mais uma fase da Operação Lama Asfáltica, juntamente com o seu filho advogado André Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves. 


Os três são réus por lavagem e desvio de dinheiro e já tinham sido presos pela PF em 2017.


Siufi considera a prisão "estranha" porque foi feita às "vésperas da convenção do MDB", e na opinião dele, não há nada de novo na investigação que justifique as prisões.


Os mandados foram deferidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande a pedido do Ministério Público Federal, com base em uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em maio de 2018, que determinou a prisão de outros oito réus do mesmo caso.


De acordo com a PF, entre as novas provas contra os réus estão repasses da JBS à Ícone. Segundo delator, a JBS pagou R$ 1,2 milhão à empresa de Puccinelli Júnior. A polícia também juntou ao processo análises de materiais apreendidos no Instituto Ícone.


Segundo informações do presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), Mansour Karmouche, a Ordem acompanha as prisões dos advogados e Puccinelli Júnior abriu mão das prerrogativas da profissão dele para ficar junto ao pai.


Ainda conforme Mansour Karmouche, a OAB/MS acompanha a situação. "É lamentável, mas a gente não pode intervir nas negociações", diz.


INVESTIGAÇÕES


Os três presos e mais outras pessoas são investigadas pela PF por suposta relação com esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.


Em abril, o juiz Marcel Henry Batista de Arruda, da 1ª Vara de Direitos Difusos Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, aceitou a denúncia de improbidade administrativa contra o ex-governador e outros quatro, todos investigados na Operação Lama Asfáltica.


Em janeiro deste ano, a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande aceitou denúncia contra o ex-governador e outros 12 acusados de cometerem crimes de estelionato e contra o patrimônio público. Os mesmos citados já tinham sido denunciados pela acusação de recursos públicos e lavagem de dinheiro.


André Puccinelli e o filho tinham sido presos poucos meses antes da denúncia, em novembro de 2017, durante a 5ª fase da operação Lama Asfáltica, chamada de Papiros de Lama, que apura corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a empresa de cursos jurídicos do advogado Puccinelli Júnior. Eles foram soltos por determinação judicial.


Em janeiro de 2018, a PF indiciou 25 pessoas por lavagem de dinheiro, entre as quais o ex-governador André Puccinelli, o filho dele e a ex-secretária de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa. O indiciamento foi relacionado às investigações da Papiros de Lama.


Na época que a Papiros de Lama foi desencadeada, o ex-governador foi apontado como chefe de um esquema de propina existente há mais de 10 anos em Mato Grosso do Sul. 


O montante de desvio comprovado, até aquele momento pelas investigações era de R$ 235 milhões, conforme divulgou na época o delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti. As informações são do G1 MS.

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