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Rodrigo Maia promete blindar a Câmara em nome da aprovação das reformas

O mais importante, segundo ele, é o resgate da confiança dos investidores, o equilíbrio das contas públicas e a geração de emprego no país

12/06/2019 - 11h06

De Brasília 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na terça-feira (11) que é preciso blindar a Casa de qualquer crise e que o mais importante é o resgate da confiança dos investidores, o equilíbrio das contas públicas e a geração de emprego no país. 


Ele deu a declaração um dia após os partidos de oposição na Câmara (PT, PSol e PCdoB) anunciarem que vão obstruir todas as votações até que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, deixe o cargo. 


O ex-juiz federal está no centro de uma crise política desde que mensagens trocadas entre ele e o coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, foram hackeadas e divulgadas, no domingo, pelo site The Intercept Brasil, com diálogos também de outros membros do MPF (Ministério Público Federal) do Paraná.


“Vamos blindar a Câmara de qualquer crise. Nosso esforço e nosso foco está na aprovação das reformas e de todos os projetos que são essenciais para o Brasil. Nada é mais importante do que o resgate da confiança, com o equilíbrio das contas públicas e a geração de empregos no país”, disse Maia, em suas redes sociais. A postagem ocorre às vésperas da apresentação do relatório final da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara, marcada para esta quinta-feira (13/6), pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No Congresso, o caso divide os parlamentares. De um lado, os que concordam com os termos da reportagem do site e acusam Moro de parcialidade por, supostamente, ter aconselhado Dallagnol à época em que era responsável pelos processos da Lava-Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba. De outro, deputados e senadores que defendem uma investigação sobre a responsabilidade pelo hackeamento das mensagens.


Apoiadores de Moro, os deputados Carlos Jordy (PSL/RJ) e Filipe Barros (PSL/PR) protocolaram na terça-feira (11) requerimento pela criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) destinada a apurar a interceptação, a violação de sigilo e a divulgação das conversas. Conforme o requerimento, as mensagens foram expostas na imprensa com o intuito de denegrir a imagem de Moro e de Dallagnol.


“Importante ressaltar que o ataque não foi um roubo simples de dados, como ocorre com pessoas comuns. O ataque foi direcionado aos principais atores que investigam e processam as mais altas autoridades na Operação Lava-Jato”, diz o texto do documento. No fim da tarde desta terça-feira (11/6), os dois deputados estavam em plenário tentando obter as 171 assinaturas necessárias para a instalação da CPI. Já os partidos de oposição ensaiam a criação de uma CPI para investigar possíveis desvios de conduta de Moro, Dallagnol e de outros membros da Lava-Jato.


O deputado Pompeu de Mattos (PDT/RS), vice-líder da minoria, classificou o caso como um escândalo, pois são duas pessoas com responsabilidade pública.


“Isso não pode ser tolerado. Não quer dizer que tem de acabar com a Lava-Jato nem jogar tudo o que foi feito no lixo. Os dois tinham de ser afastados da função pública até que tudo seja investigado.”

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